terça-feira, maio 29, 2007

ESCREVER COM ERROS É QUE ESTÁ A DAR

"Valeu tudo: tratar um sujeito como predicado, usar um "ç" em vez de dois "s", inventar palavras. O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação deu ordens para que nas primeiras partes das provas de aferição de Língua Portuguesa do 4.º e 6.º anos, os erros de construção gráfica, grafia ou de uso de convenções gráficas não fossem considerados. E valeu tudo menos saber escrever em português. Isso não deu pontos." - Diário de Notícias, 29/5/07

O parágrafo anterior é apenas o primeiro de uma notícia que pode ser lida na edição de hoje do DN. Aparentemente poderá parecer estranha, em especial para quem se habituou a ser penalizado, desde muito pequeno, nos textos e composições mais elementares até pela simples troca de um acento agudo por um grave. Mas hoje em dia tudo é possível. O acordo ortográfico e a famigerada TLEBS são uma ínfima parte do problema. Só que em rigor isto está tudo ligado. Daí que não seja estranho ver erros em catadupa nas bandas que correm na parte inferior dos televisores durante os telejornais, ouvir um deputado licenciado trocar "interveio" por "interviu" e não perceber por que razão os outros se riem, ouvir uma juíza perguntar se o requerente nasceu no Natal uma vez que no requerimento estava escrito "que o menor deveria almoçar com o progenitor na data do aniversário natalício deste", ver despachos oficiais em que se confunde o verbo com a contracção da preposição com o artigo definido ou com o pronome demonstrativo, ler cartas em que se começa o texto com qualquer coisa do estilo "sou a enviar" (fenómeno típico no Algarve e cuja razão desconheço), ver professores catedráticos trocarem "cota" com "quota" ou asssitir ao abastardamento do uso da vírgula. O rol é imenso. Todavia, o que para mim é ainda mais estranho, é que tudo isso parta de pessoas com responsabilidades e formação na área das letras e do ensino.
Será que ao fim destes anos todos, em que se escreve cada vez pior a todos os níveis e os níveis de iliteracia se tornam verdadeiramente assustadores, as luminárias que tomam essas decisões ainda não perceberam que a única forma de inverter a situação é voltar ao príncipio, à cartilha e ao sujeito, ao predicado, ao verbo e ao complemento directo? A confusão começa a confundir-se com a mais pura irresponsabilidade.
Virgílio Ferreira, o meu saudoso professor do Liceu Camões, já cá não está para ler estas coisas, mas as minhas professoras do ciclo preparatório, Wanda Rodrigues e Rodrigues, e do liceu de S. João do Estoril, Maria Luísa Gravata, devem estar em transe. E o caso não é para menos. É claro que tirando isso, como escrevia alguém no outro dia,"tásse bem"!

segunda-feira, maio 28, 2007

PAÍS DE TREVAS

Há dias foi o caso de um professor que levou com um processo disciplinar por numa conversa privada ter tido a ousadia de gozar com a licenciatura do primeiro-ministro. Logo um zeloso bufo tratou de denunciar a infâmia e uma servil directora-geral encarregou-se de suspender e processar disciplinarmente o atrevido.
Ontem foi a notícia inserida no DN de que um polícia em situação de baixa se apresentou numa junta médica sem farda de cerimónia que, ao que parece mandam os regulamentos, é a apropriada para o caso. Ao que se sabe o homem engordara e embora tivesse feito um esforço para adquirir uma nova farda, teve o azar de apanhar o serviço fechado para balanço. Resultado, apresentou-se "fardado" à civil. Logo os amanuenses ao serviço da dita junta médica anularam a diligência por falta de farda de cerimónia e ao infeliz polícia foi instaurado um processo disciplinar.
Desconheço qual a relação existente entre a situação de baixa e a farda de cerimónia e qual o motivo que leva à aplicação de tão apertado critério, mas se o homem estivesse acamado e entubado também teria de se apresentar com farda de cerimónia?
Começa a haver neste país qualquer coisa que me ultrapassa, qualquer coisa que o faz assimilar-se cada vez mais a uma floresta de trevas, a um mundo de idiotas compostos.

PARABÉNS...


... ao Álvaro Parente, que ontem viu subir a bandeira nacional no Principado do Mónaco depois da sua brilhante vitória na corrida da fórmula Renault World Series. É a prova de que depois de Matos Chaves, Pedro Lamy e Tiago Monteiro, continua a haver gente jovem com garra e talento para chegar à Fórmula 1.

sábado, maio 26, 2007

BOM FIM-DE-SEMANA

Volto para a semana. Se puderem desliguem. Não há nada como um fim-de-semana com uma futebolada com os amigos, aproveitando o sol e vendo mulheres bonitas. Só de saber que não vou ouvir Mário Lino, Manuel Pinho, Guilherme Silva, Paulo Portas ou Marques Mendes ganho logo novo ânimo.

DEPOIS DO POSTE NO MEIO DA ESTRADA, O CARRO METIDO NA OBRA


Depois da estrada que foi alcatroada com um poste no meio e que ficou famosa numa dessas reportagens da Conceição Lino, eis que em Faro, zelosos funcionários iniciaram uma obra. Até aí nada de especial, já que se tratava de um sítio ao abandono, numa zona residencial da cidade. O problema é que o carro que está na imagem parado no local intervencionado há mais de um ano e meio que ali se encontra. Já perdeu as rodas do lado esquerdo, o vidro de trás e os interiores foram vandalizados. A PSP reportou a sua existência naquele local à autarquia, os moradores da zona protestaram. Ninguém fez nada. O carro ali permaneceu meses e meses seguidos. Houve, inclusivamente, quem o quisesse comprar, mas o proprietário desapareceu. Só que um belo dia de manhã, as máquinas iniciaram os seus trabalhos e qual não é o espanto de todos quando verificam que o terreno foi preparado mantendo-se o carro o mesmo local. A fotografia já tem uns dias, os trabalhos prosseguem em bom ritmo. Dizem-me que vai ali nascer um jardim. Será que o carro abandonado irá servir de escorrega para as crianças brincarem?

PIOR A EMENDA QUE O SONETO


Depois da borrada que foram as declarações que proferiu, o ministro Mário Lino desdobrou-se ontem em vários canais televisivos para explicar e tentar justificar aquilo que não tem justificação. É óbvio que não se tratou de nenhuma gaffe, de um mero lapso ou descuido. E desta vez não houve frases retiradas do contexto. Houve, isso sim, teimosia e tentativa de querer fazer dos outros estúpidos. Não há saco para tipos deste jaez. Mesmo quando inscritos na Ordem dos Engenheiros.

TODOS COM A OVARENSE

Depois dos inenarráveis acontecimentos de Matosinhos, em que uma vez mais a claque dos Superdragões, liderada pelo génio Madureira, felizmente já detido, provocou desacatos, agrediu e insultou com a eficiência habitual, obrigando à intervenção policial, a Ovarense e o FC Porto voltam a defrontar-se para decidirem o título nacional de basquetebol. Espera-se que desta vez o FC Porto leve a dobrar. Nem que seja só pelo pão-de-ló!

sexta-feira, maio 25, 2007

INFELIZES? NÃO, ANTES CRETINAS!


Depois de se proclamar, enquanto ministro de um Governo de Portugal e fora de portas, um iberista convicto, de fazer humor com a licenciatura de José Sócrates e de mais uma série de dislates e de boutades infelizes, Mario Lino, à míngua de argumentos técnicos e políticos que consigam justificar a razão para que não se encarem possibilidades alternativas à construção de um aeroporto na OTA, veio do alto da sua pesporrência, a qual naturalmente encobre a ortodoxia e a falta de senso que durante décadas o levou a militar no mais estalinista dos partidos comunistas da Europa ocidental, proclamar a margem sul do Tejo um deserto, que não tem gente, escolas, fábricas nem hóteis. As declarações, ao contrário do que afirmou Paulo Portas não foram meramente infelizes. São declarações que raiam a cretinice, absolutamente inconcebíveis num governo democrático do século XXI.

Esta malta que fugiu do PCP e que se acostou aos partidos do centro político não consegue manter a compostura e quando atacada, politicamente entenda-se, rapidamente deixa estalar o verniz e assume os tiques autoritários e ditatoriais que antes a caracterizava. Lamentável. Mas ainda mais lamentáveis foram as declarações de Almeida Santos. Para quem, apesar a da sua proveta idade, ainda não aparentava sinais de arteriosclerose, não deixa de ser preocupante ouvir o que ele disse. Almeida Santos atingiu o grau zero da argumentação. E para quê? Um homem com o seu prestigío e passado não pode armar-se em Jorge Coelho por dá cá aquela palha. Dizer que o aeroporto não pode ser construído na margem sul do Tejo porque seria preciso atravessar uma ponte e uma ponte pode ser dinamitada, só mesmo na cabeça destes dois senhores. Então Hong Kong não tem o seu novo aeroporto numa ilha ao largo da cidade? E o aeroporto de Kensai em Osaka onde é que fica? E Macau não construiu um aeroporto numa ilha? Os habitantes de Macau, nova capital mundial do jogo, não têm que escolher entre três pontes para decidir qual delas os levará ao aeroporto? Para que servem os sistemas de segurança, alerta e vigilância? Para quem julgam Mário Lino e Almeida Santos que estão a falar? Como cidadão não posso deixar de me sentir profundamente envergonhado.

segunda-feira, maio 21, 2007

DE QUEM FOI A CULPA?

Independentemente do mérito na conquista do título da liga nacional de futebol, eu já sabia que no Porto se convivia mal com a derrota. Pelos vistos, agora, o sucesso também é cada vez mais difícil de gerir. Ontem à noite a festa portista foi exemplo disso mesmo, e do espírito arruaceiro das claques do FC Porto. No último Benfica-Porto, no Estádio da Luz, atiraram petardos, insultaram, partiram, fizeram trinta por uma linha. A PSP e o senhor Pinto da Costa, entre outros, vieram pressurosos dizer que a culpa foi do Benfica que colocou as claques do FC Porto no terceiro anel. Ontem à noite essas mesmas claques fizeram a festa nas ruas do Porto. Foram para os Aliados. E que fizeram eles? Envolveram-se em confrontos, bateram, insultaram, vandalizaram. Enfim, o normal. Ainda bem que isso se passou no Porto e entre eles. Eu só gostava era de saber se desta vez a culpa dos acontecimentos também foi de Luís Filipe Vieira e dos adeptos do SLB? Se as claques do FC Porto foram provocadas ou se tudo não foi, apenas e uma vez mais, o resultado da falta de civismo daquela cambada de energúmenos que o FC Porto apoia e a quem a sua direcção disponibiliza bilhetes para a bola? Miguel Sousa Tavares e a comissária Paula devem ter a resposta.

INDESCRITÍVEL


A cena de cumprimentos entre António Costa e os seus ex-secretários de Estado no dia da tomada de posse de Rui Pereira como novo ministro da Administração Interna foi algo de absolutamente indescritível. Eu já tinha percebido que o secretário de Estado Ascenso Simões era um típico carreirista do partido, que fizera toda a sua ascensão à sombra da interioridade partidária e de meia dúzia de contactos com os meios de Lisboa. Sempre disponível para servir, sempre disponível para subir. Já antes, quando tomara posse como secretário de Estado, fizera uns comentários pouco propositados, umas declarações infelizes, mas que dizem bem do espírito de quem os proferiu. Agora, a sua iniciativa de promover aquele abraço colectivo entre secretários de Estado e ministro cessante diante das câmaras de televisão, é de facto um monumento televisivo que o Gato Fedorento em boa hora repescou no seu episódio de ontem. Não tenho nada contra aqueles que saindo das berças estudam, trabalham e conseguem impôr-se profissionalmente, seja na sua própria terra ou fora de portas, na "capital". Mas não suporto o carreirismo, o servilismo primário e a bajulice. E naquele abraço despropositado, naquela cena digna de comédia italiana dos anos cinquenta, o que eu vi foi isso mesmo, o que não queria ter visto. E também vi muita bacoquice. Para esta também deveria haver um limite. Em especial quando se exercem cargos públicos.

quinta-feira, maio 17, 2007

QUASE ELEITO


Não o senhor da foto, mas o António Costa, que acabou de deixar de ser ministro de Estado e da Administração Interna, e só esta tarde irá anunciar a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa. Irá contar com o meu total e incondicional apoio, embora eu discorde da sua canditatura. Não que Lisboa não o mereça, mas porque entendo, por um lado, que ele era mais necessário ao Governo do país do que à Câmara, e porque continuo a pensar que os políticos, ainda mais sendo profissionais, têm compromissos com os eleitores e não apenas para com os partidos em cujas listas são eleitos. Sei que ele não deixaria o Governo se não tivesse a certeza de que a solução encontrada não iria beliscar a eficácia do executivo, mas outras soluções eram possíveis sem necessidade de se investir contra o prestígio das instituições, colocando uma vez mais em causa o contrato eleitoral.

Certo é que António Costa ainda nem sequer proferiu as primeiras declarações à comunicação social e já se prepara para fazer o pleno. Para já, conseguiu que Ana Sara Brito integrasse a comissão administrativa até às eleições, e reuniu o apoio de José Miguel Júdice, de Saldanha Sanches e do arquitecto Manuel Salgado. O meu amigo Orlando da Costa já não está entre nós, mas seguramente que ficaria satisfeito de poder assistir hoje ao anúncio da candidatura do António.

Com todos os defeitos que possa ter, e alguns terá certamente, com todas as críticas que lhe possam ser assacadas, em especial por funcionários públicos descontentes e autarcas ressabiados, certo é que o António é um dos políticos em que ainda se pode confiar em matéria de valores, em especial honestidade e decência. E isto já não é nada pouco nos dias de hoje.

Por isso mesmo também não estranho que tenha escolhido José Miguel Júdice e Saldanha Sanches como seus mandatários. Este último como seu mandatário financeiro e dizendo que aceitava tal encargo por acreditar que é possível fazer uma campanha sem dinheiros sujos. Não tenho dúvidas disso e é bom que assim seja.

Contudo, não posso deixar, desde já, de formular dois votos: primeiro, que a Câmara não seja lugar de acolhimento dos boys e girls, dos conhecidos, filhos e sobrinhos de familiares, amigos e companheiros do partido. É preciso acabar com essa dança e com a multiplicação de assessores e de adjuntos, impondo algum decoro. Em segundo lugar, que o António cumpra os dois anos até às próximas autárquicas e depois que se recandidate, cumprindo o mandato até ao fim. Lisboa não espera outra coisa. A democracia exige que assim seja.

INSÓLITO MAS REAL


A menina que aparece nestes cartazes é Tania Derveaux. Trata-se da líder do NEE, um partido flamengo que, segundo informa hoje a Lusa, é candidata ao senado da Bélgica. O insólito é que a candidata promete sexo oral aos eleitores que se inscreverem na sua lista. Estão prometidas 40.000 «felatio» no âmbito da campanha eleitoral. O Diário Digital dá conta disto mesmo. A menina que diz que não está a brincar, que se for eleita assumirá o lugar no Parlamento e ao que consta a sua popularidade tem vindo a subir em flecha. Enfim, coisas do mundo...


quarta-feira, maio 16, 2007

O DANTAS NÃO ACERTA UMA!



Depois da única nega conhecida que levou, Marques Mendes resolveu ir a Setúbal e à Assembleia da República buscar Fernando Negrão para o candidatar à Câmara Municipal de Lisboa. Tenho Negrão em boa conta, apesar de ser juiz (ainda não é dos totalmente formatados pelo CEJ, sabe Direito, não é arrogante e é educado!) e daquele episódio da saída dele da Polícia Judiciária, mas não o vejo à frente de Lisboa. Em Setúbal não o quiseram a gerir a cidade e deixaram-no como vereador. Marques Mendes, depois de Fernando Seara lhe dizer que a bola já lhe ocupava muito tempo, lá conseguiu desencantar um "independente". Bem sei que em política o que parece não é, e o facto de Negrão ser um perdedor em Setúbal não significa que não possa ganhar Lisboa. Mas daí até ganhar...

Uma vez mais assiste-se a uma troca de cadeiras. Marques Mendes também alinha no jogo. Os partidos não se distinguem. Os cidadãos não estranham estas movimentações. Elas não fazem parte do jogo político. Elas são o jogo político e contribuem para o desprestígio das instituições, para o afunilamento da vida pública, para o aumento do desinteresse pela participação, pela intervenção cívica e pela vida democrática.

Marques Mendes necessitava de algum fôlego para chegar até 2009. Precisava de se diferenciar, de se distanciar, de marcar o terreno. Está visto que não consegue. Noutras circunstâncias Negrão seria uma aposta válida para Lisboa. Neste momento é apenas mais um que vai ser imolado. Qual o preço disto para o PSD? Fazer esquecer Carmona com outro "independente" que garantias dá a Lisboa? Será muito difícil, para não dizer impossível, António Costa não ganhar Lisboa. E depois? Um bom resultado eleitoral em Lisboa dará ao PS uma nova motivação, constituirá um impulso para uma boa presidência da União Europeia e um novo estímulo para avançar com algumas reformas, preparando as próximas campanhas. Os resultados divulgados esta semana pelo INE, relativamente ao 1º trimestre de 2007, demonstram que Portugal deixou de divergir em relação à média europeia e que já está a crescer acima da média. Este era um dos cavalos de batalha do economista Frasquilho e da actual direcção do PSD para justificar a necessidade de uma baixa de impostos. Neste momento, depois de conhecidos esses dados, deixa de fazer sentido o argumento utilizado. Estando a crescer acima da média, basta continuar como até aqui. O efeito multiplicador e a propaganda farão o resto.

Com este pano pano de fundo será impossível Marques Mendes aguentar o balanço. Depois de aqui há uns meses Cavaco matar o Dantas ao dizer que o Governo estava a governar bem e que o Presidente da República estava em consonância com o primeiro-ministro, temos agora a confirmação de que ressuscitar um cadáver não é tarefa fácil. Em política ainda é mais. Para o Dantas nem sequer em sonhos. O Dantas não acerta uma!

A RAZÃO DO FIM DA INDEPENDENTE


O Diário de Notícias revela hoje que "o acesso às carreiras mais altas da função pública vai deixar de exigir licenciatura aos candidatos" e que esta é "uma das novidade do novo regime de vínculos, carreiras e remunerações que se encontra em fase final de negociação e que deverá dar entrada na Assembleia da República até final de Junho de modo a entrar em vigor em Janeiro do próximo ano". Ou seja, se antes havia algum controlo, pelos menos em matéria de habilitações para os cargos técnicos da Administração Pública, agora isso vai alterar-se. Recordo-me que aqui há uns anos o governador de Macau, se não me falha a memória já era Rocha Vieira, alterou uma norma que impedia o acesso de não licenciados aos gabinetes do governador e secretários-adjuntos e que a partir daí qualquer Afonso passou a poder virar assessor e adjunto. O nepotismo nunca teve tanta força como então, com mulheres, filhos, sobrinhos e afilhados a trabalharem nos gabinetes uns dos outros. Não quero agora pensar que em Portugal um governo socialista com exigências de rigor irá fazer o mesmo que se fez naqueles anos terminais da Administração Portuguesa em Macau, mas vendo a forma como alguns jovens continuam a arranjar emprego no Estado e nas autarquias, não deixa de ser curioso o paralelo. Afinal de contas, se o canudo da Independente não serve para nada, o melhor mesmo é nenhum servir para nada, nivelar por baixo e acabar com a exigência de qualificações académicas. Pena é que isso não tenha sido feito mais cedo. Escusava José Sócrates de ter passado pelo enxovalho por que passou, ou Vara ou Seguro ou outro qualquer terem tido o trabalho de acabar os cursos. Qualquer merceeiro, com todo o respeito que estes me merecem, vai fazer uns cursos daqueles que algumas instituições organizam para os amigos e fica tudo resolvido. Depois é só concorrer. Um dos autores do relatório que propõe tal medida chama-lhe "inteligência prática". Eu chamo-lhe "esperteza saloia". Anda um tipo a perder tempo a tirar uma licenciatura, a fazer pós-graduações, mestrados e estágios de anos não remunerados, quando vai ser tão fácil arranjar um emprego como "técnico superior". Todos ignorantes, mas todos com emprego. Assim é que é.

terça-feira, maio 15, 2007

PARA QUE SERVEM OS MANDATOS?


"Rui Pereira, recentemente eleito para o Tribunal Constitucional, irá ocupar o lugar deixado vago por António costa que será o cabeça-de-lista do PS nas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa, agendadas para 1 de Julho.
Rui Pereira, de 51 anos, é licenciado em Direito e Mestre em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
O novo ministro foi secretário de Estado da Administração Interna entre 2000 e 2002 e foi coordenador da Unidade de Missão para a Reforma Penal, entre 2005 e 2007
.
15-05-2007 18:27:40" - FONTE: DIÁRIO DIGITAL

A ser verdade o que diz o DD, estes senhores passaram-se de vez! Será que ninguém lhes faz ver que estão a pirar?

AINDA EM CONSTRUÇÃO E JÁ A DAR CARTAS

O espectáculo miserável e xenófobo que tem vindo a ser dado pelos media britânicos em relação a Portugal, aos portugueses e, em especial, à Polícia Judiciária, já há muito que merecia aqui umas linhas. É certo que a baixeza da imprensa britânica, mesmo da mais recomendável, contrasta com as tomadas de posição públicas por parte do embaixador do Reino Unido e dos familiares da pequena Madeleine McCann. Mas tais factos não escamoteiam a natureza dos comentários que têm vindo a ser feitos. Que os ingleses, e em especial a sua imprensa escrita e a televisão, sejam ignorantes em matéria de sistemas jurídicos, leis e de geografia - a Inglaterra não fica no centro do mundo - não constitui um facto novo. Nova é a pretensão de quererem dar lições de investigação e de ética policial e jornalística. Para quem até hoje, como já alguém lembrou, foi incapaz de desvendar quem era "Jack, o Estripador", e é mundialmente famoso pelo envolvimento de muitos dos seus nacionais em actividades de turismo sexual (Brasil, Jamaica, Filipnas, Tailândia), em redes, sites e revistas pedófilas, não deixa de ser curiosa tanta jactância. Durante horas e horas a fio, a Sky News e a BBC, acompanhadas de uns quantos curiosos armados em "especialistas", têm vindo a debitar um número impressionante de alarvidades.

O jornalista Paulo Reis, um velho conhecido de outras lides (e também de Carlos Melancia e do general Rocha Vieira), titular da carteira profissional n.º 734, como ele faz questão de frisar, iniciou um novo blogue, chamado Gazeta Digital, que embora esteja ainda "em construção" já começou a dar cartas. E não o faz por pouco, já que pegou logo no caso da pequena Madeleine para defender a sua dama. Por via das eventuais dúvidas sobre a mensagem e os respectivos destinatários, fá-lo mesmo em inglês.

Aqui fica um extracto:

"(...) Sky News journalist compared the two situations and the conclusion was that the track record of Portuguese Police was a bad one. This is sheer manipulation. Comparing two singles cases and taking conclusions like Sky News did, is going against basic principles from the Code of Practice enforced by the Press Complaints Office, like the obligation of the Press “not to publish inaccurate, misleading or distorted information, including pictures” and the need to correct it, with due prominence.
I’ll remind you that in UK, according to the
UK National Police Missing Persons Bureau, there was an average of 124 unsolved cases of missing children under 14, on the last four years. In Portugal, from the 80 cases of missing persons still open, from a legal point of view [missing for more than one year] only nine are children and one of them is Madeleine.In 2006, the Instituto de Apoio à Criança (IAC, a government department in charge of monitoring child abuse) registered 31 cases of missing underage (-18 years) persons. 24 of them were found by the police. This is a rate of 77, 43 % of success in finding missing children. Two of them were found to be dead. So let’s put these figures very clear: Portuguese Police has a track record of finding 77, 43 % of missing children, even if 6,45 % of those children were found dead, and 22,58 % are still missing [mainly adolescents running from home]. From those 31 missing children, only 5 [6.45] were between one and five years old.
I challenge Sky News, the all British Media and every of those British citizens that have been posting, in blogs, sites and forums so many insulting, offensive, slanderous, racists and defamatory comments about the Portuguese police, to produce the same statistical data about British Police. Than, we can see which one has a bad track record, has Sky News concluded, after a carefully planned manipulation of facts, disguised as “journalism
”.


P.S. O nível dos correspondentes da Sky News pode, aliás, ser avaliado por este naco de prosa de Martin Brunt, publicado no seu próprio site: "One paper seems to have good contacts. The rest of the stuff is best described as "culhoes". In neighbouring Spain that would be "cojones." Se eu mandasse na PJ mandava-os a todos para um certo sítio que eu cá sei. Acabava-se a conversa, que esta malta só com uma marreta em cima é que vai ao lugar. Um nojo.

sábado, maio 12, 2007

A BALDA DESAGRAVADA


O Expresso relata que Carmona Rodrigues, qual diabrete numa loja de rebuçados, resolveu revogar um despacho proferido por ele próprio há um mês atrás pelo qual exonerara a directora de Acção Social da CML, Lurdes Rabaça. Disse-o num "jantar de desagravo" à exonerada, que só o foi por proposta do vereador Lipari Pinto. Como não pode haver duas galinhas no mesmo poleiro, a nomeada Ivone Ferreira terá de fazer a mala e zarpar. Mas como estas coisas não são uma brincadeira, ou não deviam ser, esta última pondera agora processar o município e o seu presidente. E ainda há quem pergunte em que parte do filme é que entra o grande gautama Marques Mendes.

ESTE FIM-DE-SEMANA HÁ


Grande Prémio de Espanha. A Fórmula 1 de volta às pistas do velho continente.

DEPOIS DO ANTÓNIO COSTA É A VEZ DO SEARA

Os telejornais de ontem à noite atiravam com o nome de Fernando Seara como candidato do PSD à Câmara de Lisboa. Também este nome não me suscita grandes dúvidas. Mais quanto à sua integridade do que quanto à sua capacidade para gerir a autarquia lisboeta. Seara tem ainda a seu favor o facto de ser um benfiquista. Todos sabemos que Lisboa tem sido dominada pela lagartagem, e que a avaliar pelo estado de sítio que impera para as bandas de Alvalade, a cidade não pode ser confiada a tais "gestores". O imbróglio em que andam os loteamentos é a prova inequívoca de que se os sportinguistas não se sabem entender entre eles, menos ainda se pode esperar que sirvam para conciliar os interesses de um milhão de pessoas. Mas o que me faz mais espécie é esta sina de não se deixar ninguém acabar o mandato, de se desvirtuar o sentido do voto e os prazos dos mandatos dos eleitos, interrompendo-os por dá cá aquela palha para logo a seguir se apresentar os mesmos como candidatos a outro cargo. Tão depresssa são eleitos como logo a seguir saem. Os actos eleitorais tornaram-se meras rampas de lançamento. Servem apenas para cumprir calendário. Os partidos têm culpa no estado a que isto chegou. Só que não são os únicos. Os candidatos não podem aligeirar as suas responsabilidades: deviam ser os primeiros a recusar esta dança de cadeiras permanente. Por eles e por nós que ainda acreditamos ser a democracia o menos mau dos sistemas.

COMO QUERIA ELA SER TRATADA?


Segundo reza o Diário de Notícias desta manhã, a jovem portuguesa que dá pelo nome de Sabrina e que esteve em Helsinquia a representar a RTP no Festival da Eurovisão, diz que apesar da derrota, irá recordar a sua passagem pelo evento como "uma sorte enorme e um grande privilégio". Mas deve ter pensado que isso é o que dizem todos, acrescentou que "ninguém imagina o que é participar num evento destes. Trataram-me como uma verdadeira artista". Bem sei que a rapariga não é propriamente um coirão, e até tem um par de pernas decente, mas não deixo de pasmar com tais declarações. Como queria ela ser tratada na Finlândia pela equipa da Eurovisão? Como meretriz? Aquilo ainda não é a Serra Leoa, nem Helsinquia passou a Patpong.

sexta-feira, maio 11, 2007

BOM FIM-DE-SEMANA

(foto GQ)
Para quem puder, na companhia da Veronica Echegui e da Laya Mati.

UM PRIMEIRO-MINISTRO, UM LÍDER, UM ESTADISTA


Não será o desastre iraquiano que irá obnubilar os dez anos de governo de Tony Blair. Quando daqui a uns anos já ninguém se lembrar do Iraque, certamente que o milagre irlandês continuará bem vivo. A cimeira dos Açores? Quem nunca errou que atire a primeira pedra.

AO SABOR DO VENTO



Há pouco tempo também ouvi que outro Costa, o António, poderá ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa. Não tenho dúvidas de que seria um bom candidato, mas começo a pensar seriamente se um partido como o PS não tem mais ninguém. Não é por nada, mas de cada vez que é preciso alguém são sempre os mesmos nomes que vêm à baila. Antigamente era o António Vitorino. Depois, como dali não levavam nada e o homem recusava tudo, passou a ser o Jorge Coelho. Agora lembraram-se do ministro da Administração Interna, da Ana Paula Vitorino e da Idália Moniz. Quando se quer queimar um nome logo alguém aparece a atirá-lo para a fogueira. Bem sei que o António anda com os bombeiros e as autarquias às costas, e às vezes ao colo, mas isso não faz dele um sapador. Chega de confusão entre o Governo e as autarquias. O homem ainda tem mais dois anos de mandato para cumprir e falta-lhe fazer muita coisa. Vejam lá se arranjam outro.

OPERAÇÃO FURACÃO



Li hoje no Público, e também algures na Internet, que o Presidente Cavaco Silva utilizou durante a sua campanha para a presidência uma sede cedida por um empresário português preso no Brasil, no âmbito da chamada "Operação Furacão", alegadamente envolvido na chamada "máfia dos bingos". Ou seja, Cavaco Silva foi enganado porque ninguém lhe disse quem era o benemérito. Para quem há meses atrás fez tanto alarido por causa de um indulto, posteriormente revogado, no qual terá sido induzido em erro pelo senhor ministro da Justiça, é caso para pensar que "chega a todos". É a vida!

quinta-feira, maio 10, 2007

POLÍTICA COM M GRANDE

(foto Expresso Clix)


Há mais de quarenta anos que esta mulher faz intervenção cívica. Todos os dias. A qualquer hora do dia ou da noite. Dentro e fora dos partidos políticos. Há décadas que dá um exemplo de combatividade e de participação pautadas por convicções e princípios de rigor. Esteve com Francisco Sá Carneiro no PSD, quando o PSD era um partido social-democrata e não um albergue espanhol, pejado de oportunistas. arrivistas e regionalistas sedentos de poder e mordomias. Travou combates fundamentais pela defesa da liberdade e da democracia neste país. Antes, durante e depois do PREC. Lutou pela igualdade de géneros, pela dignificação da mulher, pela democracia dentro e fora de portas. Foi autarca quando muitos autarcas ainda nem sonhavam em sê-lo. Nunca precisou de se pôr em bicos dos pés. E ao mesmo tempo conseguiu ser mulher, mãe e companheira, amiga dos seus amigos. Ultimamente também se passou a dedicar à Ordem dos Arquitectos, à defesa de uma verdadeira política do urbanismo. manifestando-se contra a fealdade e o pato-bravismo que marca as nossas cidades e vilas. Tem dado à política, a Portugal e aos portugueses o melhor de si. Lisboa faz parte do seu roteiro de combate. Entregou o cartão do PS para pode candidatar-se como independente à Câmara de Lisboa. Muito poucos podem ousar tais gestos. Ela fê-lo, uma vez mais, porque não tem telhados de vidro e, mais do que tudo, tem uma coragem, um desprendimento e uma vontade indomável. Merecia um PS melhor do que aquele que hoje existe. A política faz-se com gente assim. Faz-se de homens e de mulheres. Como a Helena Roseta. Mas há alturas em que só se faz com M. Como agora em Lisboa. Faz-se com um M maiúsculo. Com um M de mulher.

terça-feira, maio 08, 2007

PORTUGUESES QUE TRABALHAM E DÃO CARTAS LÁ FORA ...

... sem o dinheiro dos nossos impostos e sem o apoio do Alberto João Jardim!
(foto Motorsport.blog.it)

PEDRO LAMY venceu os 1000km de Valência e comanda a Le Mans Series do Mundial de GT. Ao seu lado esteve o francês Sarrazin.


(foto Eurosport)

TIAGO MONTEIRO impressionou na sua estreia no Mundial de carros de turismo (WTCC), ao volante de um Seat, rodando entre os primeiros na prova de Zandvoort (Holanda). Foi 4º classificado na primeira corrida e 9º na segunda. Esperemos pelas próximas etapas.

PARA QUE QUER JARDIM QUE UM FASCISTA FALE COM ELE?


Gastou milhões numa eleição perfeitamente escusada. Mesmo que obtivesse um resultado de 100%, já sabia que a Lei das Finanças Regionais e a Lei das Finanças Locais não seriam alteradas pelo Governo da República. Teve um resultado histórico, quase 70%, com uma abstenção de quase 40%. Sabe-se que o deve à obra, mas também ao analfabetismo, à iliteracia, à manipulação, ao caciquismo, ao compadrio, ao atropelo da legalidade e ao nepotismo. Insulta tudo e todos em qualquer lugar e a qualquer hora do dia ou da noite. Durante a campanha, entre outros mimos em que se especializou e para os quais conta com o beneplácito do Dr. Marques Mendes, chamou "fascistas" aos opositores políticos, entre os quais o secretário-geral do Partido Socialista e primeiro-ministro de Portugal. Indirectamente insultou milhões de portugueses. Ontem queixou-se perante os jornalistas de que o primeiro-ministro não fala com ele. Eu não percebo por que raio há-de ele querer falar com um tipo de quem disse ter obtido uma licenciatura em engenharia civil na Universidade Independente por meios pouco claros e que ainda por cima é "fascista". Para quê? Só podia estar ébrio!

E NINGUÉM PRENDE OS PAIS?


Esta pobre e inocente criança desapareceu de um aldeamento turístico na Praia da Luz, em Lagos, há alguns dias atrás. Desde então, temos assitido a um tabloidismo noticioso que ciclicamente se repete. São declarações extemporâneas da Polícia Judiciária, são declarações infelizes de familiares e amigos, são declarações contritas dos pais. Neste momento todos sofrem, todos procuram a infeliz Madeleine McCann e espera-se que ela apareça rapidamente, com vida e sem ter sofrido maior desgraça do que o abandono a que foi votada pelos seus próprios pais. Os pais desta desgraçada se estivessem em Inglaterra e tivessem feito o que fizeram, abandonar um criança de 4 anos sozinha em casa com dois irmãos de dois anos, à noite, num local desconhecido, sem vigilância permanente de um adulto, num rés-dochão e deixando uma janela ou uma porta de casa aberta, teriam, seguramente, um processo na segurança social. Mais grave ainda quando se sabe por um vizinho que era normal abandonarem as crianças para irem comer e beber. Não tenho dúvidas de que agora estarão arrependidos e tristes com o que fizeram. Mas pais destes além de não merecerem ter filhos, deviam era estar presos. Não há arrependimento que lhes valha. Oxalá que Deus a proteja, já que os pais não o souberam fazer.

sábado, maio 05, 2007

BOM FIM-DE-SEMANA

(foto GQ)
Volto para a semana. Até lá aproveitem para ver bom cinema, ler bons livros e ouvir coisas boas.


O BORREGO DE SÓCRATES

Perante uma plateia de ilustres, o ministro Mário Lino resolveu fazer humor. Até aí tudo bem, já que o humor é um sinal de inteligência. O problema é que resolveu fazer humor com o seu próprio chefe, à boa maneira do Gato Fedorento. E que disse ele? Qualquer coisa como isto: tem estudado o problema da OTA e formou a sua opinião com a autoridade que lhe advém de ser engenheiro civil inscrito na respectiva Ordem dos Engenheiros. As televisões registaram, a plateia riu-se. O ministro também. Não sei se dele próprio se do primeiro-ministro. Se só por falta de senso ou por não reconhecer competência ao seu próprio chefe. Sócrates já tinha um desbocado na pasta da Economia. Agora passou a ter um borrego nos Transportes. E este não se chama Carlos. Com amigos destes, não há dúvidas de que os inimigos são dispensáveis. A oposição agradece.

sexta-feira, maio 04, 2007

MEMÓRIAS DE QUEM TEVE MEMÓRIA



Durante muitos anos li os seus artigos no L'Express e apaixonei-me por alguns textos. Raymond Aron foi um homem acima do mundo e deixou uma obra ímpar como filósofo, politólogo, sociólogo e jornalista. Há dias descobri que a Guerra e Paz resolveu editar as suas memórias, vinte anos depois da primeira aparição da obra em França sob a chancela das Éditions Julliard. É a minha sugestão de leitura para o fim-de-semana que aí vem. Para a semana prometo ser mais assíduo neste blogue.

quarta-feira, maio 02, 2007

PANEBIANCO em português



A primeira edição italiana já data de 1982. Eu descobri-o graças ao Prof. Farelo Lopes e ao André Freire, aqui há uns anos atrás, durante o mestrado, na sua edição em espanhol. Agora dei de caras com uma versão em língua portuguesa. Português do Brasil é certo, mas ainda assim português. É uma edição da Martins Fontes, em São Paulo, e data de 2005. Poderá não ser ainda um clássico, mas é imprescindível para quem queira saber algo mais sobre partidos políticos do que aquilo que Weber, Michels ou Duverger escreveram. A não perder.

DIA DO TRABALHADOR, EM MACAU




Um país, dois sistemas.