Há mais de quarenta anos que esta mulher faz intervenção cívica. Todos os dias. A qualquer hora do dia ou da noite. Dentro e fora dos partidos políticos. Há décadas que dá um exemplo de combatividade e de participação pautadas por convicções e princípios de rigor. Esteve com Francisco Sá Carneiro no PSD, quando o PSD era um partido social-democrata e não um albergue espanhol, pejado de oportunistas. arrivistas e regionalistas sedentos de poder e mordomias. Travou combates fundamentais pela defesa da liberdade e da democracia neste país. Antes, durante e depois do PREC. Lutou pela igualdade de géneros, pela dignificação da mulher, pela democracia dentro e fora de portas. Foi autarca quando muitos autarcas ainda nem sonhavam em sê-lo. Nunca precisou de se pôr em bicos dos pés. E ao mesmo tempo conseguiu ser mulher, mãe e companheira, amiga dos seus amigos. Ultimamente também se passou a dedicar à Ordem dos Arquitectos, à defesa de uma verdadeira política do urbanismo. manifestando-se contra a fealdade e o pato-bravismo que marca as nossas cidades e vilas. Tem dado à política, a Portugal e aos portugueses o melhor de si. Lisboa faz parte do seu roteiro de combate. Entregou o cartão do PS para pode candidatar-se como independente à Câmara de Lisboa. Muito poucos podem ousar tais gestos. Ela fê-lo, uma vez mais, porque não tem telhados de vidro e, mais do que tudo, tem uma coragem, um desprendimento e uma vontade indomável. Merecia um PS melhor do que aquele que hoje existe. A política faz-se com gente assim. Faz-se de homens e de mulheres. Como a Helena Roseta. Mas há alturas em que só se faz com M. Como agora em Lisboa. Faz-se com um M maiúsculo. Com um M de mulher.
quinta-feira, maio 10, 2007
POLÍTICA COM M GRANDE
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