sexta-feira, maio 31, 2013

A ler

 
"Ora, quando o resto se afunda, é na liberdade que, em última análise, assenta o regresso a uma situação tolerável e 'normal'. E, deste ponto de vista, o sr. Gaspar e o dr. Cavaco estão de um lado e o dr. Soares de outro." - Vasco Pulido Valente, Público, 31/05/2013

quinta-feira, maio 30, 2013

As teias que o fisco tece

Ontem fiquei a saber que o fisco quer que entregue um anexo SS. Tal e qual. Acontece que, entretanto, o IRS já tinha seguido. O sistema informático aceitou a declaração sem o tal anexo. Mas, ainda assim, pelo que me disseram, era possível corrigir. Era, porque o dito sistema só aceita o anexo SS se lá tiver o número da Segurança Social. Pediram-me o número. Eu não tenho. Nunca tive, fui advogado a vida toda e o único número que tenho é o da minha Caixa de Previdência. E o de contribuinte. Disseram-me que vem no cartão de cidadão. Mas eu também não tenho cartão de cidadão. Só uso bilhete de identidade e só tirarei um cartão de cidadão quando aquele caducar. Não tenho que antecipar a receita do Estado, pois não? Será que vou ter de me inscrever na Segurança Social mesmo que não tenhamos nada a ver um com o outro e o número não sirva para nada? Só para satisfazer a gula burocrática e orwelliana dos senhores do ministro Gaspar?

Em tempo: Creio que se resolveu. Pena é que se tenha necessidade de chegar até aqui.

sábado, maio 25, 2013

Palhaços


Um tipo que não consegue rir-se de si nunca poderá ser palhaço. Para ser palhaço é preciso ser inteligente.

O Pessoa podia ter sido um palhaço.

sexta-feira, maio 24, 2013

A ler

 
"Sozinho, completamente sozinho, o dr. Cavaco Silva conseguiu arruinar a Presidência da República. A Presidência da República não tem hoje autoridade, influência ou prestígio." - Vasco Pulido Valente, Público, 24/05/2013 

Georges Moustaki

 
Vamos sentir a tua falta.

Leituras (11)

 
"Une organisation de parti doit, ensuite, faire montre de dynamisme. Il lui faut manifester ses capacités d'adaptation, de rénovation et d'innovation tant dans les idées que dans la façon de les promouvoir ainsi que dans son style d'action. 'Pour s'avancer vers le peuple, les partis n'ont pas besoin de lever le poing ou de se réfugier derrière l'éphémère autorité des chefs vieillissants. Ils doivent être en quête d'idéaux à partager, de sentiments et de styles de vie (...).. Ils devraient changer leurs méthodes d'organisation, expérimenter de nouvelles idées, imaginer de nouveaux liens entre les gens et les militants'. Le phénomène de réalignement atteste avec éclat du dynamisme d'une organisation capable de jeter son projet fondateur aux orties pour, se choisissant un créneau plus porteur, s'enraciner sur le versant d'un clivage différent de celui qui l'engendra." - Daniel-Louis Seiler, Les Partis Politiques en Occident, Sociologie Historique du Phénomène Partisan, Ellipses, Paris, 2003, p. 271. 

domingo, maio 19, 2013

Qualquer que seja o resultado de logo à tarde



Qualquer que seja o resultado de mais logo e da injustiça que foi o resultado de Amesterdão, no dia 15 de Maio pp., quero desde já agradecer-vos o prazer que foi ver-vos jogar durante toda esta época. A exibição de quarta-feira passada será sempre inesquecível para os amantes do bom futebol, do jogo limpo, da classe à flor da relva sem golpes nem esquemas. E com Jesus ou sem ele voltaremos a Amesterdão, ou a qualquer outro grande palco onde se dispute uma final europeia. Para ouvir "Cheira a Lisboa" ou o hino. Por vós, voltaria a levantar-me às 3 da manhã, para ter a certeza de não perder o avião.

Antes que seja tarde

Recebi o simpático convite que o meu amigo Pedro Correia me endereçou para ir à apresentação do seu livro "Vogais e consoantes Politicamente Incorrectas do acordo ortográfico", que melhor deveria ser chamado de acordo trágico pela forma como desmantela o nosso património.
O Acordo Ortográfico constitui assunto que a todos diz respeito, que a todos compromete e que pela oportunidade merece evidente destaque e atenção por parte de quem tem um mínimo de apreço pela nossa herança linguística.
Razões de ordem académica impedem-me de estar presente e de não só poder dar pessoalmente um abraço ao autor, como de escutar o Pedro Mexia, também ele autor, cronista, comentador, editor, homem de mil e um ofícios que pela sua qualidade intrínseca, simpatia, humor e lhaneza de trato muito aprecio.
Sei que não haverá repetição, mas nem por isso deixaria de aqui registar a minha satisfação pelo lançamento e de dar os parabéns a quem os merece.

Leituras (10)

Um livro já de 2000, mas indispensável para quem se interessa pelo fenómeno partidário ou quer simplesmente saber mais, seja pela quantidade de informação, oportunas referências e visão global, seja pela forma simples e directa como está redigido, que em nada compromete o rigor da abordagem.

segunda-feira, maio 13, 2013

Verdadeiras e actuais

"A political party which is widely seen as selling policies as private benefits runs the serious danger of losing elections" - Joseph A. Schlesinger, On the Theory of Party Organziation, The Journal of Politics, Vol. 46, No. 2 (May, 1984)  

sexta-feira, maio 10, 2013

Desabafo em português pré-AO


Não há paciência para este discurso redondo de tecnocratas semi-analfabetos que invadiu a comunicação social e as instituições.
O problema é muito simples e de fácil resolução:
1) Vivemos num Estado constitucional de direito democrático;
2) O primeiro-ministro foi eleito para cumprir um programa de governo respeitando a Constituição da República;
3) Se ao fim de quase dois anos não consegue fazer nada porque não consegue mudar a Constituição, nem governar respeitando as leis, é um incapaz, um falhado, um trolha, o que quiserem. E, nesse caso, deverá ser demitido, na eventualidade de não ter a honestidade intelectual e moral de reconhecer a sua própria incompetência.
Para governar sem Constituição e violando sistematicamente as leis da República, por razões económicas e financeiras, ou outras, não precisávamos de Passos Coelho, nem de Cavaco, nem de nenhum dos que está ou esteve em S. Bento ou Belém. Bastava uma besta qualquer com uma caneta na mão e uma polícia às ordens. Saía mais barato e não tínhamos de ouvi-los a dizer "besteiras". Era isto, e só isto, que precisavam de entender.
Tudo o mais, incluindo discursos tipo "convergência das pensões", é conversa para toscos. Em vernáculo "é uma porra". E eu estou cada vez mais farto de fazedores de "porra nenhuma" que falam "redondo". Eu e a maioria dos portugueses.