Os telejornais de ontem à noite atiravam com o nome de Fernando Seara como candidato do PSD à Câmara de Lisboa. Também este nome não me suscita grandes dúvidas. Mais quanto à sua integridade do que quanto à sua capacidade para gerir a autarquia lisboeta. Seara tem ainda a seu favor o facto de ser um benfiquista. Todos sabemos que Lisboa tem sido dominada pela lagartagem, e que a avaliar pelo estado de sítio que impera para as bandas de Alvalade, a cidade não pode ser confiada a tais "gestores". O imbróglio em que andam os loteamentos é a prova inequívoca de que se os sportinguistas não se sabem entender entre eles, menos ainda se pode esperar que sirvam para conciliar os interesses de um milhão de pessoas. Mas o que me faz mais espécie é esta sina de não se deixar ninguém acabar o mandato, de se desvirtuar o sentido do voto e os prazos dos mandatos dos eleitos, interrompendo-os por dá cá aquela palha para logo a seguir se apresentar os mesmos como candidatos a outro cargo. Tão depresssa são eleitos como logo a seguir saem. Os actos eleitorais tornaram-se meras rampas de lançamento. Servem apenas para cumprir calendário. Os partidos têm culpa no estado a que isto chegou. Só que não são os únicos. Os candidatos não podem aligeirar as suas responsabilidades: deviam ser os primeiros a recusar esta dança de cadeiras permanente. Por eles e por nós que ainda acreditamos ser a democracia o menos mau dos sistemas.
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