É o título do pequeno texto que deixei esta manhã no Delito de Opinião sobre o pagamento das viagens da deputada Inês de Medeiros.
quarta-feira, março 31, 2010
CONSELHEIRA REGIONAL DA LOMBARDIA
Chama-se Nicole Minetti, tem 25 anos, e é uma das vencedoras das eleições regionais italianas. Candidata nas listas do partido de Silvio Berlusconi, depois de lhe ter tratado da boca enquanto higienista oral, nem o facto de ser uma adepta do Inter de Milão a impediu de ser eleita.
Quando o Inter ganhou o ano passado o título fez questão de se deixar pintar com as cores da equipa de Mourinho. A Itália pode não ficar mais bem representada, mas ficará certamente mais colorida.
Quando o Inter ganhou o ano passado o título fez questão de se deixar pintar com as cores da equipa de Mourinho. A Itália pode não ficar mais bem representada, mas ficará certamente mais colorida.
terça-feira, março 30, 2010
A IMPORTÂNCIA DO NOME
Quando se adquire este estatuto fora de portas, em dois dias seguidos, no Wall Street Journal, é bom que se mantenham os pés na terra. Os dois.
segunda-feira, março 29, 2010
A CARTILHA DAS ANTAS
Domingos Paciência, que foi um atacante mediano e é hoje um belíssimo treinador, quando questionado no final do passado sábado sobre o resultado do jogo Benfica - Braga, para além de não ter visto as oportunidades de golo desperdiçadas por Saviola e Cardozo, veio dizer que o golo de Luisão foi meramente fortuito. Como se houvesse golos fortuitos quando se está no meio da pequena área da equipa adversária, a cinco metros de uma baliza e se remata à procura de um golo. Pior do que isso foi que se tivesse vindo queixar de um golo marcado no final da 1ª parte, bem dentro do tempo de desconto, esquecendo-se que o jogo só termina quando o árbitro apita. Mas mais grave é que tenha considerado ser essa a razão da derrota quando depois o Braga teve mais 45 minutos para recuperar. E que não tenha falado no golo de Alan que deu a vitória ao Braga no jogo com o Olhanense, golo que foi marcado aos 94 minutos. Na altura ninguém ouviu o treinador do Braga queixar-se de que já passavam 4 minutos da hora.
sexta-feira, março 26, 2010
O DR.PÔNCIO É QUE DEVE TER TIDO A IDEIA
"As penalizações a Hulk e Sapunaru também teriam sido substancialmente mais curtas, caso o FC Porto não tivesse introduzido nos regulamentos no último defeso a regra da suspensão automática. Nesse cenário, os dois jogadores ficariam suspensos por um prazo máximo de 12 dias e, se o inquérito se prolongasse para além dessa data, poderiam continuar a jogar até conhecerem as penas efectivas" - Público, 26 de Março de 2010.
ONDE ISTO JÁ VAI
Se este fulano chegar a presidente da Liga de Clubes, Pinto da Costa já poderá aspirar a ser primeiro-ministro deste país.
PROMETE
Se a capa de uma revista ou a primeira página de um jornal são uma pequena amostra do que virá lá dentro, a edição da GQ que tem na capa Soraia Chaves promete bastante. A GQ já é uma excelente revista. Mas se ao lado dos textos de Miguel Sousa Tavares, Miguel Esteves Cardoso e Maria Filomena Mónica tivermos a Soraia Chaves, o melhor mesmo é o ministro Teixeira dos Santos começar a oferecê-la nas repartições de finanças. Haviam de ver a corrida que era para pagar o IRS e regularizar os atrasos ao fisco.
NOTAS BREVES NO DELITO
Acordei a pensar no Rui Knopfli, no Paulo Portas e em Carlos Drummond de Andrade. Dei conta disso mesmo na minha outra casa, no Delito de Opinião.
quarta-feira, março 24, 2010
MAIS INSÓLITO É DIFÍCIL
Um ganês dá ao seu filho o nome de Silvio Berlusconi, a quem, segundo crê, deve a autorização de residência em Itália. O miúdo tem 5 anos, é adepto do Milan, está convencido que o outro Sílvio é seu avô. O pai, na sua ingenuidade, espera que ele, o filho, venha a fazer política. Daqui a uns anos saberemos se o partido de Berlusconi, il vero, o aceitou nas suas fileiras. Até lá, o Silvio Berlusconi Boahene continuará a brincar e a jogar à bola nas ruas de Modena.
segunda-feira, março 22, 2010
NUNCA SE ESQUECE UM CAMPEÃO
Para mim será sempre o modelo da exigência, do rigor, da responsabilidade, da capacidade introspectiva, da coragem. Foi o único capaz de se superar, capaz de superar os limites do imaginável e voltar depois ao convívio de todos nós com a mesma humildade e a mesma simplicidade. Faria hoje 50 anos. Conheci-o ainda ele andava nos karts e eu sonhava ser também um campeão. Os anos passaram e habituei-me a vê-lo pelas pistas do mundo, na fórmula ford, depois na fórmula 3, em Inglaterra e em Macau, a seguir na fórmula 1, até atingir o firmamento. O Luís Vaconcelos e o Autosport, de onde saiu a imagem que ilustra este post, prestam-lhe uma bonita homenagem. Eu não poderia ficar indiferente. Nunca se esquece um campeão.
PROVINCIANISMO
O João Carvalho já tinha feito o favor de sublinhar. Mas eu confesso que é algo que ultrapassa a minha capacidade de compreensão.
Jesualdo Ferreira sempre me pareceu um homem sério e razoável, que via futebol com alguma distância e suficiente capacidade de análise para perceber quando é que a sua equipa jogava bem ou jogava mal. Saiu do Benfica da forma que nenhum treinador gosta, mas depois disso fez um bom trabalho em Braga, antes de ingressar no FC Porto.
O problema é que à medida que os anos foram passando, Jesualdo foi-se tornando mais num adepto dos Superdragões do que num treinador de futebol com estatuto e currículo. Começou a não fazer as digestões e de cada que a sua equipa não rendia queixava-se da arbitragem e de tudo e mais alguma coisa. As entradas violentas e à margem das leis do jogo de Bruno Alves, de Meireles e de muitos outros, incluindo Rodriguez, passaram a ser sempre perdoadas. A culpa era dos outros.
Esta época, depois de perder com o Sporting, de ter feito um jogo miserável com o Olhanense e de ter levado 5 do Arsenal, veio dizer que a culpa era do cansaço.
Ontem o FC Porto encaixou mais 3 de um Benfica que vinha de duas deslocações difíceis à Madeira e a Marselha, onde despachou um dos grandes de França com toda a limpeza na 5ª feira passada. Se alguém se podia queixar de cansaço nesta altura era o Benfica.
No Estádio Algarve, a equipa de Jesualdo Ferreira levou um verdadeiro banho de futebol, não conseguiu construir uma jogada que se visse de bom futebol, beneficiou da escandalosa complacência do árbitro, árbitro do Porto, convém não esquecê-lo, que abusou da dualidade de critérios, sempre em prejuízo do Benfica, manteve em campo Bruno Alves - tenho vergonha como português de ter um tipo destes na selecção nacional - depois das violentíssimas entradas sobre os jogadores do Benfica, e ainda mostrou cartões amarelos com o maior despropósito, como aconteceu com Aimar.
No fim, Jesualdo Ferreira veio dizer que "nenhuma equipa se superiorizou à outra". Pois não, mais 3 ou menos 3 é exactamente a mesma coisa. A isto chama-se provincianismo, pequenez, mediocridade. As gentes do Porto mereciam melhor.
Jesualdo Ferreira sempre me pareceu um homem sério e razoável, que via futebol com alguma distância e suficiente capacidade de análise para perceber quando é que a sua equipa jogava bem ou jogava mal. Saiu do Benfica da forma que nenhum treinador gosta, mas depois disso fez um bom trabalho em Braga, antes de ingressar no FC Porto.
O problema é que à medida que os anos foram passando, Jesualdo foi-se tornando mais num adepto dos Superdragões do que num treinador de futebol com estatuto e currículo. Começou a não fazer as digestões e de cada que a sua equipa não rendia queixava-se da arbitragem e de tudo e mais alguma coisa. As entradas violentas e à margem das leis do jogo de Bruno Alves, de Meireles e de muitos outros, incluindo Rodriguez, passaram a ser sempre perdoadas. A culpa era dos outros.
Esta época, depois de perder com o Sporting, de ter feito um jogo miserável com o Olhanense e de ter levado 5 do Arsenal, veio dizer que a culpa era do cansaço.
Ontem o FC Porto encaixou mais 3 de um Benfica que vinha de duas deslocações difíceis à Madeira e a Marselha, onde despachou um dos grandes de França com toda a limpeza na 5ª feira passada. Se alguém se podia queixar de cansaço nesta altura era o Benfica.
No Estádio Algarve, a equipa de Jesualdo Ferreira levou um verdadeiro banho de futebol, não conseguiu construir uma jogada que se visse de bom futebol, beneficiou da escandalosa complacência do árbitro, árbitro do Porto, convém não esquecê-lo, que abusou da dualidade de critérios, sempre em prejuízo do Benfica, manteve em campo Bruno Alves - tenho vergonha como português de ter um tipo destes na selecção nacional - depois das violentíssimas entradas sobre os jogadores do Benfica, e ainda mostrou cartões amarelos com o maior despropósito, como aconteceu com Aimar.
No fim, Jesualdo Ferreira veio dizer que "nenhuma equipa se superiorizou à outra". Pois não, mais 3 ou menos 3 é exactamente a mesma coisa. A isto chama-se provincianismo, pequenez, mediocridade. As gentes do Porto mereciam melhor.
sexta-feira, março 19, 2010
APLAUSOS, MUITOS APLAUSOS
Para Isabel Alçada e Jaime Gama. A primeira pela volta que pretende dar ao regime das faltas dos alunos, pelo seu empenho em querer restaurar a autoridade onde ela faz mais falta, dentro da escola, e reforçar a intervenção preventiva da escola e dos seus responsáveis nos casos de violência. O segundo porque ao contrário do que alguns pensam não acordou mal disposto e fez aquilo que se espera de um presidente da Assembleia da República. Quem nasceu e foi criado na liberdade, na responsabilidade e no respeito, e não necessariamente por esta ordem, não pode deixar de entender e de aplaudi-los.
CADERNO DE MEMÓRIAS COLONIAIS
Francisco José Viegas, Eduardo Pitta, Gustavo Rubim e muitos mais, em termos que eu nunca serei capaz de dizer, já enalteceram a obra. Eu só agora a consegui ler. Podia ter sido o meu caderno se eu fosse mulher, se eu tivesse vivido em Lourenço Marques e se fosse filho do pai dela. Mas eu, que por mero acaso saí da Beira antes do 25 de Abril e fui apanhado pela revolução, encontrei sempre aí, nesse destino, o motivo para responder quando alguém, sabendo as minhas origens, pretendia catalogar-me de "retornado". Nessa altura eu andava no liceu Camões e ia ouvindo os relatos do que por lá se passava com outros do meu sangue. Apesar de tudo, a Beira foi sempre diferente. Mesmo com a eufemística DGS, o ambiente sempre foi mais aberto, mais tolerante, menos violento. A oposição democrática tinha aí outra força, outro saber. As pessoas tinham outra maneira de estar. E talvez até de dizer.
A linguagem é crua, por vezes mesmo violenta, convém dizê-lo. Não há paninhos quentes nem lamechiche. Mas está lá tudo. O cheiro das pessoas, a cor da terra, o hálito do ar, as brincadeiras de criança. Numa prosa esamgadora, que se quer lida e relida. Com muita atenção. Em especial por todos aqueles que nunca conheceram África. E nunca a hão-de conhecer.
"A metrópole era suja, feia, pálida, gelada. Os portugueses da metrópole eram pequeninos de ideias, tão pequeninos e estúpidos e atrasados e alcoviteiros. Feios, cheios de cieiro, e pele de galinha, as extremidades do corpo rebentadas de frio e excesso de toucinho com couves. Que triste gente! Divertiam-se a mofar connosco, atirando-nos à cara que estava difícil, pois estava, que aqui não havia pretinhos para nos lavarem os pés e o rabinho, tínhamos de trabalhar, os preguiçosos de merda, que nunca fizeram a ponta de um corno pela vida, que nunca souberam o que era construir uma vida e perdê-la, os tristes, os pequeninos, os conformados. Sabiam lá eles o que eram os pretos, e o que éramos nós e o que tínhamos acabado de viver, cobardes filhos de uma puta brava. Insignificantes cabrõezinhos, se eu havia de dizer a verdade, se eu havia alguma vez de dizer a verdade. Os lerdos das ideias, lentos, com conta no Montepio, doentes dos olhos por olhar de viés para esses gajos que vêm cá roubar o pouco que é da gente, que a gente cá tem, esses retornados, tão altivos como príncipes que perderam o trono, e que hão-de recuperá-lo, julgam eles, oh, se não!, porque nada atiça as ganas como perder, e perder bem, à americana. Tão feios, tão pobres de espírito esses portugueses que ficaram, esses portugueses de Portugal, curtidos de vinho do garrafão. Feios, sombrios, pobres, sem luz no rosto nem nas mãos. Pequenos".
Infelizmente, ainda há muitos assim. Mas um dia isto muda.
"A metrópole era suja, feia, pálida, gelada. Os portugueses da metrópole eram pequeninos de ideias, tão pequeninos e estúpidos e atrasados e alcoviteiros. Feios, cheios de cieiro, e pele de galinha, as extremidades do corpo rebentadas de frio e excesso de toucinho com couves. Que triste gente! Divertiam-se a mofar connosco, atirando-nos à cara que estava difícil, pois estava, que aqui não havia pretinhos para nos lavarem os pés e o rabinho, tínhamos de trabalhar, os preguiçosos de merda, que nunca fizeram a ponta de um corno pela vida, que nunca souberam o que era construir uma vida e perdê-la, os tristes, os pequeninos, os conformados. Sabiam lá eles o que eram os pretos, e o que éramos nós e o que tínhamos acabado de viver, cobardes filhos de uma puta brava. Insignificantes cabrõezinhos, se eu havia de dizer a verdade, se eu havia alguma vez de dizer a verdade. Os lerdos das ideias, lentos, com conta no Montepio, doentes dos olhos por olhar de viés para esses gajos que vêm cá roubar o pouco que é da gente, que a gente cá tem, esses retornados, tão altivos como príncipes que perderam o trono, e que hão-de recuperá-lo, julgam eles, oh, se não!, porque nada atiça as ganas como perder, e perder bem, à americana. Tão feios, tão pobres de espírito esses portugueses que ficaram, esses portugueses de Portugal, curtidos de vinho do garrafão. Feios, sombrios, pobres, sem luz no rosto nem nas mãos. Pequenos".
Infelizmente, ainda há muitos assim. Mas um dia isto muda.
DROIT AU BUT
OLYMPIQUE MARSEILLE -1 BENFICA - 2
Um ambiente de sonho, uma pressão incrível, uma exibição fantástica. Exibição de classe, diz a UEFA, "L'OM s'est écroulé", escreve o La Provence. Nada disso. Foi apenas uma derradeira e justíssima homenagem ao Julinho, o herói da Taça Latina. Ele merecia um jogo assim. E nós também.
terça-feira, março 16, 2010
ASSINALAR UMA DATA
Há muito que estava para escrever meia dúzia de linhas sobre o mau serviço da CP. Hoje fi-lo aqui, a correr e com 24 horas de atraso em relação ao dia dedicado ao consumidor.
quarta-feira, março 10, 2010
O ANTES E O DEPOIS
O regresso de Londres pela pena magnífica do Henrique Monteiro e aqui reproduzido com a devida vénia.
sexta-feira, março 05, 2010
DE FACTO, ELE TEM RAZÃO
Sim, na verdade, muitos há que extravasam largamente aquilo que é o desempenho da sua actividade profissional, fazendo mais do que papéis para o fisco. Não são os únicos. De actas de sociedades a contratos de trabalho e de arrendamento, mediação imobiliária, contratos de sociedade, partilhas, aconselhamento jurídico e por aí fora, há quem faça de tudo e sem qualquer controlo. Mas só o fazem porque vivemos num país de brandos costumes. E quando a coisa dá para o torto mandam os clientes para o advogado. Pode ser que com a Ordem as coisas melhorem e haja menos gente a queixar-se.
INSÓLITO
(foto Correio da Manhã)
Graças a este vídeo da Lusa, mesmo quem não esteve lá pôde ter acesso às imagens desta baleia-de-barbas que hoje deu à costa em Quarteira. É mais uma a juntar às demais baleias, lontras e focas, das mais diversas origens, formas e feitios, que de fio dental infestam aquelas águas e areias durante os meses de Verão. Por essas e outras é que aquela outrora simpática vila piscatória está cada vez mais parecida com o Entroncamento, outra terra de fenómenos.
FANTÁSTICA EDIÇÃO
A edição de hoje do Público, que me foi graciosamente oferecida no quiosque onde habitualmente compro os meus jornais, é para guardar. Não só porque assinala os 20 anos do jornal, mas porque foi excepcionalmente dirigida por António Barreto e contém um conjunto de textos e de números absolutamente imprescindíveis. No entanto, como não posso aqui colocar todo o jornal, escolhi para aqui vos deixar a coluna de Vasco Pulido Valente. VPV é de todos os que escrevem no jornal aquele que melhor reflecte o seu espírito. Goste-se ou odeie-se a sua opinião, a sua escrita limpa, depurada e cristalina e a actualidade dos temas escolhidos fazem dele um dos incontornáveis da nossa democracia. Vinte anos depois é impossível pensar o Público sem VPV. É impossível discutir e pensar a actualidade da nossa vida pública sem conhecer os textos do VPV. A crónica de hoje é a melhor homenagem que ele poderia prestar ao jornal, ao país e, por estranho que possa parecer, ao PSD.
VINTE ANOS
Associo-me hoje aos 20 anos do Público e a tudo aquilo que o jornal nos tem proporcionado nestas duas décadas. Com todos os defeitos que se lhe possam apontar, é inegável que o jornal se impôs pela qualidade da análise, pela profundidade dos seus textos, pelo nível da maioria dos seus textos e excelente nível dos seus articulistas. Habituei-me a ver no Público uma opinião plural e mesmo quando alguns textos revelavam falta de objectividade e de isenção, não confundi a posição e o mau trabalho desse jornalista com o jornal. Vinte anos depois, como leitor atento e interessado, tenho de agradecer ao Eng. Belmiro e aos accionistas do jornal os excelentes momentos de leitura que me deram, a oportunidade da informação e o contributo que deram para a consolidação democrática e aprofundamento do espírito de cidadania e intervenção da uma opinião pública mais consciente. De tudo, lamento apenas a posição assumida pela sua direcção aquando da declaração de guerra ao Iraque, pelos efeitos nefastos que isso teve para todos nós. Mas seguramente que não será esse pecadilho, que acredito tenha sido gerado por pura convicção, com tudo o mais de bom que aos portugueses foi oferecido. O Público está por isso mesmo de parabéns e espero que dentro de vinte anos possamos comemorar a sua entrada na meia idade. O facto de ser hoje dirigido por uma mulher significa que o jornal já passou o Rubicão, amadureceu e tornou irreversível o seu compromisso com a liberdade e a modernidade.
quinta-feira, março 04, 2010
A LENDA
Aproveitando a lembrança do João Carvalho e a magnífica foto do 8C, bem como o lançamento do novo Spider, aqui fica mais alguma coisa sobre uma das minhas favoritas. Nasce-se alfista e ferrarista como se nasce benfiquista. O resto é conversa.
quarta-feira, março 03, 2010
FOI PARA O DELITO
A ficção foi para o Delito de Opinião. Aqui, como já devem ter reparado, começa a só haver lugar para a realidade e o sonho.
SEM PALAVRAS
É assim, lindíssimo, fulgurante, com curvas únicas e duplamente confortáveis. É a magia do novo Spider da Alfa Romeo. Aqui na casa já se pensa no dia em que ele chegará ao stand. Quem quiser saber mais sobre esta nova máquina de Pininfarina é só clicar aqui.
terça-feira, março 02, 2010
LEITURAS
"O epicentro do terramoto está no Norte ou está no Sul? Mas eu oiço a terra tremer. Às vezes, enjoo. Às vezes, o tremor dura mais do que o normal e as pessoas põem-se debaixo das portas ou das escadas ou saem a correr para a rua. Isto tem solução? Vejo as pessoas a correr pelas ruas. Vejo as pessoas a entrar no metro e nos cinemas. Vejo as pessoas a comprar o jornal. E às vezes estremece e tudo fica parado por instantes. E então pergunto-me: onde está o jovem envelhecido?, porque se foi embora? e, pouco a pouco, a verdade começa a emergir como um cadáver. Um cadáver que sobe do fundo do mar ou do fundo de um barranco"
"Pela minha cabeça passaram imagens absurdas que faziam mal. Pensei propor a Ingeborg partimos para o Sul, até Andaluzia, ou que fôssemos a Portugal, ou que, sem traçarmos qualquer rota, nos perdêssemos pelas estradas do interior de Espanha, ou dar um salto até Marrocos..."Agora que saiu "O Terceiro Reich", na esteira do aclamado 2666, nada melhor do que antes recordar o "Nocturno Chileno", primeira obra de Bolaño editada entre nós, que data de 2000 (Gótica) e pela qual melhor se compreende a razão para a vida ser "uma sucessão de equívocos que nos conduzem à verdade final, a única verdade".
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