Roma e Pavia não se fizeram num dia. E uma exposição como esta não foi coisa fácil de conseguir. Pelo valor das obras que se conseguiu reunir, pela quantidade de entidades que foi preciso convencer a autorizar a saída dos quadros das suas bases, pela segurança exigida e pelo valor astronómico dos seguros. Convenhamos que juntar na Scuderie del Quirinale a maior exibição jamais vista de obras de um senhor chamado Jacopo Robusti, que passou à história como Tintoretto, não está ao alcance de muita gente. Vittorio Sgarbii foi o responsável por esta explosão de génio e de cor, assente em três temas fulcrais da obra de Tintoretto: a religião, a mitologia e o retrato. Com obras que vieram de museus de Viena, de Londres, de Milão, de Paris, de Munique, de Veneza ou de Modena, e onde é possível ver os dois mais famosos auto-retratos do pintor, a abrir e a fechar a mostra, para além de obras como Apollo e Dafne, Deucalione e Pirra, O Milagre dos Escravos, S. Jorge e o Dragão, Jesus entre os Doutores, A Última Ceia, A Criação dos Animais, a esplêndida Susanna entre os Velhos, Santa Maria do Egipto e Santa Maria Madalena, a exposição tem ainda o atractivo de juntar a Tintoretto - a verdadeira cereja no topo do bolo - artistas com quem aquele mestre interagiu. Quem? Apenas gente como Tiziano, Bonifacio Veronese, Giovanni Demio, Lambert Sustris, Parmigianino, El Greco, Schiavone e Paolo Veronese. Às quartas-feiras, até 4 de Abril e aproveitando a exposição, que só terminará em 10 de Junho, decorrem também os "Encontros" (I Mercoledí di Tintoretto - Incontri) sobre a sua obra (com entrada livre na Sala Cinema do Palazzo delle Esposizioni, na Via Milano, 9), às 18.30. Na semana passada esteve lá Giovanni Carlo Federico Villa, hoje estará Antonio Paolucci. Garanto-vos que não darão o vosso tempo por mal empregue.
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