Com as eleições à porta e com todas as sondagens a vaticinarem a derrota do PNV (Partido Nacionalista Vasco), aumenta a tensão no País Basco. A ETA produziu um comunicado que é o melhor exemplo do seu radicalismo e da sua intolerância democrática para com os próprios bascos que ousam pensar diferentemente, ao afirmar que as eleições serão uma "fraude política" e que o próximo parlamento, que sairá de eleições tão democráticas como as que antes deram a maioria ao PNV, será "um parlamento do fascismo constituído com a mesma legitimidade democrática dos municípios franquistas". Ibarretxe, ao ver fugir o poder, alinha pelo discurso dos extremistas e já diz que no domingo, dia 1 de Março, se vai decidir se o País Basco é governado localmente ou a partir de Madrid. Naturalmente que a legitimidade de todos os bascos é a mesma, sejam eles do PSE ou do PNV, mas a ETA sabe que o seu fim está cada vez mais próximo. O medo já não chega para atemorizar a população basca. É hora de cerrar fileiras. A democracia e a dignidade dos verdadeiros bascos falará mais alto do que a violência gratuita dos extremistas da ETA e de todos aqueles que os têm apoiado de forma encapotada.