Nuno Severiano Teixeira, ministro da Defesa, deu ontem, em entrevista à RTP1, a resposta aos dislates do general Loureiro dos Santos. E não podia ser de outra forma. Recordando a falta de legitimidade de quem veiculou as críticas, a existência de canais próprios dentro das Forças Armadas, a existência de uma hierarquia e de chefias atentas e, ainda, que as declarações de Loureiro dos Santos colocavam em causa a credibilidade e o prestígio das Forças Armadas, o ministro deu ao general a resposta que este merecia receber. As reformas também passam pelas Forças Armadas e num país a atravessar as dificuldades que nós atravessamos, os militares têm de ser os primeiros a manifestar a sua solidariedade, empenho e confiança na democracia que ajudaram a construir, a manter e a consolidar. Poderá ter pecado por tardia, mas a resposta nem por isso deixou de ser acertada. Estranho é que da parte do PSD ninguém tenha aparecido a demarcar a sua direcção das declarações do general. Que diabo, isto ainda não é a Venezuela!