quinta-feira, março 13, 2008

ENTÃO EM QUE FICAMOS?

Há uma semana atrás, Luís Filipe Menezes (deve ser do nome... o outro também é Luís Filipe, o do SLB, tal como aquele cepo que joga a lateral direito na equipa de futebol), confessava que o PS não merecia ser governo, mas que o PSD ainda não estava preparado para ocupar esse lugar. Ontem, o líder do PSD veio esclarecer, no meio de um vendaval de asneiras, referindo-se à sua equipa e ao seu partido, que "já ganhámos a credibilidade e o estatuto de poder acreditar na vitória" (Correio da Manhã). Não sei se quem lhe diz para dizer estes dislates é o inefável Ribau, o tal que ainda agora foi desmentido pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, ou o balofo cacique de Loulé que ocupa a vice-presidência, o mesmo que, demonstrando o seu nível e à falta de melhores argumentos, chama a Pacheco Pereira a "cavalgadura do círculo" (Lobo Xavier esclareceu ontem que afinal a expressão era para todos os intervenientes do programa da SIC Notícias!)(1). Uma coisa é certa, não há mudança de símbolo, introdução de novas cores - "azul dégradé" chamou-lhe Zita Seabra - ou campanha de marketing que disfarce a incompetência e a ignorância. Só mesmo Jorge Coelho parece estar satisfeito com o actual panorama do PSD. Mas o País, no meio desta agitação, continua sem saber se o PSD é um partido da oposição com aspirações de governo ou apenas uma companhia de circo dirigida por trampolineiros preocupados com o pagamento de quotas em dinheiro e com o enxovalho dos companheiros e das figuras respeitadas do partido (não apenas no partido).


(1) Rectificação: Ouvi as declarações de Lobo Xavier no jornal das 14, da SIC Notícias, e fiquei a saber que o dichote proferido no Conselho Nacional foi apenas para Pacheco Pereira. Lobo Xavier é que quis também tomar essas dores. Regista-se a correcção, o que todavia não escamoteia o nível do autor do insulto.

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