quarta-feira, março 14, 2007

OPA AO DEPUTADO NETO

Do deputado Jorge Neto comecei a ouvir falar, aqui há uns tempos, por participar nuns truculentos debates televisivos com mais alguns parceiros da Assembleia. Nunca lhe apreciei o estilo. Ainda menos o verbo.

Mais recentemente ele voltou a aparecer, a propósito da OPA lançada pela Sonae sobre a PT. Não na qualidade de deputado, mas no papel de advogado e representante de um grupo de pequenos accionistas da PT. A mim sempre me fez confusão esta confusão de estatutos entre os que exercem profissionalmente a advocacia e os deputados e membros da classe política. Sempre fui avesso à promiscuidade na política, na profissão e na vida.

Hoje, à hora do almoço, ouvi um extracto da passagem de Carlos Tavares, presidente da CMVM, pela Assembleia da República. Lá estava de novo o deputado Jorge Neto. Desta vez, não como advogado, presumo, mas como deputado, a falar sobre a OPA e a criticar a "falta de imparcialidade e de isenção" do presidente da CMVM.

Há alguns que são simplesmente rudes. Outros há que são ordinários e mal educados. Mas há ainda outros que podendo ser tudo isso também não se enxergam. Com que então falta de imparcialidade e de isenção? Será que o deputado Jorge Neto já faz parte do governo sombra do PSD? Será que é com esta gente que o PSD quer ser governo? Eu se fosse a Marques Mendes, pelo sim pelo não, convidava-o já para garantir o seu concurso. A quem vai nu uma flor na orelha sempre dá um ar mais garrido.


P.S. Para quem não percebeu eu esclareço que não critico o advogado. Critico apenas o deputado e o político.

Sem comentários:

Enviar um comentário