Acabei de ver as imagens do estado deplorável em que ficou o líder da oposição do Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, depois de uma curta passsagem pelas mãos dos torcionários ao serviço do senhor Robert Mugabe. Ainda assim, ele teve forças para falar e mostrar ao mundo as marcas que lhe deixaram no rosto e no corpo. Inchado, com um olho descomunal, com parte da cabeça rapada, ele chamou "sádicos" aos seus agressores, o que não deixa de ser um acto de extrema coragem e um convite a um novo fim-de-semana junto da polícia política de Mugabe.
A Rodésia de Ian Smith era um estado fantoche. O Zimbabwe de Mugabe é uma ditadura feroz, violenta e corrupta. Um estado entregue a um louco tão louco como era Idi Amin Dada ou ainda é o todo poderoso Kim da Coreia do Norte. Um ultraje à consciência humana e aos valores da civilização.
Até agora ainda não ouvi uma palavra de Francisco Louçã ou de Bernardino Soares. Mas ainda não perdi a esperança de os ouvir. Em especial ao segundo, cujos padrões "democráticos" ainda estão em fase de consolidação e que, por isso mesmo, tem sempre uma justificação para tudo. Até para o injustificável.
Sem comentários:
Enviar um comentário