O senhor Gilberto Madaíl, que como todos sabem é a sumidade que gere os destinos da Federação Portugesa de Futebol, disse que não se ia recandidatar à presidência dessa entidade. Reafirmou-o múltiplas vezes, inclusivé num programa da RTP, no qual chegou a dizer que estava farto.
Agora veio dizer que está disposto a recandidatar-se desde que os elementos que venham a integrar a sua lista assinem previamente uma declaração a dizer que estão dispostos a não cumprir o mandato para que forem eleitos até ao seu termo (o eng. Guterres e o dr. Durão Barroso não se lembraram desta) porque assim o impõe o senhor Madaíl.
E diz mais. Diz que quer o senhor Loureiro da Liga de Clubes como seu vice-presidente.
Entretanto, o senhor Scolari, que é o treinador da selecção nacional que na última dúzia de anos tem sofrido as mais humilhantes derrotas e que até conseguiu, com a melhor equipa desde 1966, perder uma final de um campeonato da Europa a jogar em casa contra a Grécia (seria o mesmo que o Brasil perder em casa com a Guatemala), veio dizer que se o senhor Madaíl sair ele também sai.
Eu fiquei sem perceber se ele tem um contrato com a Federação ou com o senhor Madaíl, mas se ele resolver sair eu vou ficar muito contente. Sabendo o que o engº Fernando Pinto fez na TAP ganhando muito menos que o senhor Scolari e com uma equipa recheada de sindicalistas, eu atrever-me-ia a sugerir que fosse o presidente da TAP o próximo seleccionador nacional de futebol. É brasileiro como o senhor Scolari, não é arrogante como este, já viu passar meia dúzia de ministros, sabe lidar com as pessoas e constituir equipas competentes, além de que sair-nos-ia muito mais barato.
Não sei porquê mas ainda tenho a secreta esperança de ver o senhor Scolari ir-se embora antes de sofrermos mais uma humilhação com a Polónia ou com o Azebeijão.
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