O comandante Azevedo Soares, na ausência do dr. Marques Mendes, algures sambando, veio mostrar a sua indignação pelo facto do Procurador-Geral da República ter ido almoçar a São Bento com o primeiro-ministro e com os ministros da Justiça e das Finanças.
Azevedo Soares, com o à-vontade que caracteriza os militares que têm a mania que sabem fazer política, veio colocar em causa, com tal almoço, o carácter, a isenção, o rigor e a independência de um dos mais brilhantes magistrados portugueses. Por sinal o mesmo que tomou posse há pouco mais de um mês e que foi indicado com o apoio do seu partido.
Para esse eminente dirigente do PSD – Azevedo Soares é, tanto quanto sei vice-presidente do partido – um simples almoço de trabalho, entre titulares de órgãos do Estado com altas responsabilidades, para tentar resolver problemas e encontrar soluções, é um sinal de menorização do estatuto da Procuradoria, do seu titular, e uma prova de falta de isenção e de autonomia desse órgão. Esqueceu o dirigente do PSD que não só é a Procuradoria a entidade que assegura a defesa dos interesses do Estado em juízo, como que o conselheiro Pinto Monteiro é um homem que tem uma carreira que fala por si. E esqueceu que ao atacá-lo estava a desqualificar o homem em quem, há algumas semanas, o PSD reconhecia qualidades que o recomendavam para exercer o cargo.
O comunicado resposta da Procuradoria, divulgado logo a seguir à espúria notícia do Sol, recordando que o gesto não era inédito e já teve lugar anteriormente com outros procuradores e outros governos, e, bem assim, as declarações dos demais líderes dos partidos da oposição, com especial relevo para Ribeiro e Castro e Jerónimo de Sousa, bastaram para desqualificar as declarações de Azevedo Soares e cobri-lo de ridículo.
O estado da direcção do PSD é de total destrambelhamento. O PS nem sequer precisa de responder. Por este andar ainda vamos ter o impagável Miguel Frasquilho como candidato a primeiro-ministro.
Azevedo Soares, com o à-vontade que caracteriza os militares que têm a mania que sabem fazer política, veio colocar em causa, com tal almoço, o carácter, a isenção, o rigor e a independência de um dos mais brilhantes magistrados portugueses. Por sinal o mesmo que tomou posse há pouco mais de um mês e que foi indicado com o apoio do seu partido.
Para esse eminente dirigente do PSD – Azevedo Soares é, tanto quanto sei vice-presidente do partido – um simples almoço de trabalho, entre titulares de órgãos do Estado com altas responsabilidades, para tentar resolver problemas e encontrar soluções, é um sinal de menorização do estatuto da Procuradoria, do seu titular, e uma prova de falta de isenção e de autonomia desse órgão. Esqueceu o dirigente do PSD que não só é a Procuradoria a entidade que assegura a defesa dos interesses do Estado em juízo, como que o conselheiro Pinto Monteiro é um homem que tem uma carreira que fala por si. E esqueceu que ao atacá-lo estava a desqualificar o homem em quem, há algumas semanas, o PSD reconhecia qualidades que o recomendavam para exercer o cargo.
O comunicado resposta da Procuradoria, divulgado logo a seguir à espúria notícia do Sol, recordando que o gesto não era inédito e já teve lugar anteriormente com outros procuradores e outros governos, e, bem assim, as declarações dos demais líderes dos partidos da oposição, com especial relevo para Ribeiro e Castro e Jerónimo de Sousa, bastaram para desqualificar as declarações de Azevedo Soares e cobri-lo de ridículo.
O estado da direcção do PSD é de total destrambelhamento. O PS nem sequer precisa de responder. Por este andar ainda vamos ter o impagável Miguel Frasquilho como candidato a primeiro-ministro.
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