sexta-feira, junho 22, 2012

Eureka!


E muitos meses depois de ignorar constantes avisos, vindos dos mais variados sectores à direita e à esquerda, incluindo de dentro do PSD, o ministro das Finanças, finalmente, compreendeu que a sua receita não estava a dar resultado. Aguardar pelo fim da execução orçamental para confessar a monumental borrada sempre me pareceu muito pouco inteligente. E para isso não era necessário ser ministro nem especialista em finanças públicas. Tarde e a más horas, ainda a meio da execução, Vítor Gaspar veio confessar que a mais do que previsível redução das receitas fiscal e da Segurança Social provocou "um aumento significativo nos riscos e incertezas que estão associados à execução orçamental".
E agora, pergunta-se, quem vai pagar o aumento dos riscos e incertezas de uma borrada que só os fundamentalistas não viram? O Zé Povinho, evidentemente. E como se vai acautelar esse aumento de riscos e incertezas? Com novo aumento da carga fiscal, está-se mesmo a ver, esmifrando o Zé Povinho.
Só há dois responsáveis pela actual situação e nenhum deles é o anterior primeiro-ministro (refiro-me não ao elevado passivo herdado mas ao substancial agravamento desse mesmo passivo em resultado da descabida receita seguida que aumentou impostos e taxas sem reduzir a despesa pública): Passos Coelho e Vítor Gaspar.

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