quarta-feira, maio 30, 2012

Continua a saga

"Miguel Relvas não disse toda a verdade quando foi ouvido no Parlamento. Na audição do passado dia 15 de maio, na primeira comissão, o ministro-adjunto de Pedro Passos Coelho foi assertivo: encontrou-se com Jorge Silva Carvalho, mas "sempre em locais públicos" e apenas assume terem conversado sobre "matérias de actualidade e política externa".
Mas Relvas, enquanto administrador da consultora Finertec, reuniu-se, pelo menos duas vezes, com Silva Carvalho para falarem de negócios. Uma das vezes na própria sede da Ongoing, na companhia de Nuno Vasconcellos, chairman da empresa, e de Braz da Silva, presidente da empresa de Relvas.
Os contactos entre as duas empresas resultaram num "memorando de entendimento" para "prospecção de mercado em várias áreas de negócio". Objectivos: Angola e Brasil.
A assinatura deste acordo, que Silva Carvalho e Relvas negociaram pessoalmente, foi feita no dia 21 de junho de 2011, no mesmo dia em que Relvas tomou posse como ministro. Já não era, há um mês, administrador da Finertec." - Visão

"Quando foi ao Parlamento para falar pela primeira vez sobre o seu envolvimento no caso das secretas, há duas semanas, Miguel Relvas foi taxativo: nenhum dos nomes que constavam de um SMS enviado por Jorge Silva Carvalho com sugestões para chefiar os serviços secretos estava abrangido pelo segredo de Estado.
"Não eram agentes, eram pessoas para responsabilidades, para lugares de topo que não eram agentes, aqui não há segredos de Estado", respondeu então o ministro dos Assuntos Parlamentares a uma pergunta da deputada socialista Isabel Oneto.
Mas de acordo com o que um antigo responsável dos serviços explicou ao Expresso, dois dos nomes que constavam no SMS estavam abrangidos pelo segredo de Estado e a sua identidade não podia ser revelada.
"Principalmente por um antigo diretor dos serviços que está obrigado a respeitar o segredo de Estado", precisa o mesmo responsável. Os nomes em questão eram os de Paula Morais, diretora da escola do SIS, e Filomena Teixeira, diretora do departamento no SIED." - Expresso

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