A nota editorial do Público complica o que é simples.
O que foi relatado não será muito diferente de outras situações ocorridas no passado recente. Porém, sendo verdade, não deixará de ser igualmente grave. E lamentável.
As "embrulhadas" do ministro Relvas são habituais, e não são novas. Fazem parte de uma certa maneira de estar na política e, por via desta, na vida, reflectindo, aliás, um modelo que Pedro Lomba causticamente definia no passado dia 8 de Maio, num artigo de opinião publicado nesse mesmo jornal, como sendo o do "típico politico gerado na democracia mediática da parlapatice e da vigarice, capaz de dizer e fazer qualquer coisa para se manter no poder. Assim como que uma espécie de "um novo-rico da política" que quando obtém algum poder, acrescento, se permite passar a fazer telefonemas com a arrogância de quem julga que o País é o partido e os cidadãos destinatários dos seus telefonemas e "recados" os militantes do rebanho que se habituaram a pastorear para singrarem na política e nos negócios. E, alguns outros, até nos estudos.
As "embrulhadas" do ministro Relvas são habituais, e não são novas. Fazem parte de uma certa maneira de estar na política e, por via desta, na vida, reflectindo, aliás, um modelo que Pedro Lomba causticamente definia no passado dia 8 de Maio, num artigo de opinião publicado nesse mesmo jornal, como sendo o do "típico politico gerado na democracia mediática da parlapatice e da vigarice, capaz de dizer e fazer qualquer coisa para se manter no poder. Assim como que uma espécie de "um novo-rico da política" que quando obtém algum poder, acrescento, se permite passar a fazer telefonemas com a arrogância de quem julga que o País é o partido e os cidadãos destinatários dos seus telefonemas e "recados" os militantes do rebanho que se habituaram a pastorear para singrarem na política e nos negócios. E, alguns outros, até nos estudos.
O estilo "chiclete" do ministro será o menos relevante numa sórdida história em que só importa apurar dois factos. Em primeiro lugar, saber se o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, este e não qualquer outro, telefonou, ou não, para Maria José Oliveira. Em segundo, se depois, num outro momento, o ministro telefonou para a direcção do jornal. Ou se foi esta que ligou para o ministro.
São estas, e só a estas, perguntas que o Parlamento deverá procurar obter resposta.
Se o ministro confessar, então aproveite-se para se esclarecer a que horas, de que números foram realizadas as chamadas, para que números, e quanto tempo duraram. Creio que os registos da central telefónica do Público ou os registos das operadoras e dos próprios telemóveis, caso tenham sido estes os instrumentos do "crime", poderão confirmar a existência das chamadas, o seu tempo de duração, os dias e as horas em que aconteceram.
Quanto ao mais, como sempre, teremos a palavra da jornalista e a da direcção do jornal, de um lado, e a palavra do ministro Miguel Relvas, do outro. Cada um procurando confirmar as respectivas versões.
Mas isso já será irrelevante. Se pressões e ameaças não deixam sulco, as palavras do ministro Relvas ainda menos. O que importa é saber se o ministro telefonou. Quanto ao resto das conclusões, cada um que as tire.
O Parlamento não pode continuar a perder tempo e a dar tempo de antena a espertalhaços e similares que transformaram a política num chiqueiro. Muito menos a chafurdar nas histórias que aqueles relatam para se irem limpando. Os portugueses, os normais, os sérios, os decentes, que são a maioria, estão enjoados e enojados.
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