"Começa a ser tarde para os portugueses admitirem o que é evidente: o Governo está a falhar na resolução da crise, aproveitando-a, entretanto, para impor um programa político com que nunca teria sido eleito. A degradação da economia e das finanças é clara: o défice só baixou em 2011 pelo recurso artificioso ao fundo de pensões dos bancários; do que se conseguiu em ajustamento do Orçamento de Estado, 75 por cento deveu-se ao aumento dos impostos e só 25 por cento à redução das despesas, sendo certo que se atingiu o extremo direito da curva de Laffer (impossibilidade de arrecadar mais receitas aumentando a carga fiscal), o desemprego saltou para os 15 por cento; a dívida pública subiu e aproxima-se dos 115 por cento do PIB, que desce 3,3 pontos percentuais; desapareceu o investimento público e o privado tem a especulação financeira por paradigma (o banco do estado financia especulações bolsistas de um grupo milionário, enquanto empresas viáveis recusam encomendas do estrangeiro por não terem dinheiro para comprar matérias primas)." - Santana Castilho, Público, 11/04/2012
Um tipo depois de ler este texto do prof. Santana Castilho, que foi figura de proa do PSD na campanha para as legislativas de Junho passado e que foi inclusivamente convidado por Passos Coelho para apoiar a redacção do seu programa em matéria de Educação, fica a pensar se para além da evidente má-fé de quem mais não tem feito do que aldrabar os portugueses, afinal dando cobertura e razão ao que José Sócrates e Teixeira dos Santos fizeram, será apenas um problema de ineptidão. Ou se haverá algo mais que os aproxime tanto do reino da estupidez.
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