Lisboa, Figueira da Foz, Tavira, Vila do Bispo e Ourém. Tenho de confessar que fiquei satisfeito. Com o resultado, é claro. Mas também por saber que o António Costa, o Rui Araújo, o Rui Daniel, o Adelino Soares e o Sérgio Faria, de quem ontem muito especialmente me lembrei quando estávamos a lançar os dados que nos iam chegando e vi fugir Faro para o PSD, por 126 votos, ficando de pantanas a hipótese da vereação de Faro ter mais mulheres do que homens, também ficaram satisfeitos. Cada um pelas suas razões e à sua maneira. Daqui vai um abraço para todos eles. E também para o José Apolinário, por dois simples gestos. O primeiro quando na véspera das eleições e sem saber o que iria acontecer fez questão de se dirigir aos militantes e simpatizantes para agradecer o apoio durante a campanha. O segundo pela forma corajosa e digna como assumiu a derrota. Com uma diferença tão curta e num momento de grande desconforto, apressar-se a acalmar as suas hostes e dizer resignado que "a democracia é isto", para a seguir pegar no telemóvel, felicitar o adversário e combinar a transferência de poderes para o dia seguinte, dizendo aos seus que "não é na secretaria que se vai ganhar o que se perdeu nas urnas", não é para todos. Pode parecer banal, mas diz muito sobre o carácter de um homem. Sem ressentimentos. Com grandeza. É assim que eu gosto da política.
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