A avaliar pelo que andou a fazer em Macau, onde serviu Rocha Vieira e Salavessa da Costa de forma quase perfeita em matéria de propaganda e fretes, a nomeação deste afilhado de Leonor Rocha Vieira para presidente da Agência Lusa não augura nada de bom. Curiosamente, as suas funções de Director do Gabinete de Comunicação Social do Governo de Macau, por vergonha ou esquecimento, são omitidas no pormenorizado currículo que a Lusa publica no seu site. Recorde-se que Afonso Camões foi um dos colaboradores mais próximos de Rocha Vieira na luta deste contra uma imprensa livre em Macau, cortando subsídios aos jornais que não faziam fretes, sugerindo a extinção de jornais portugueses e defendendo que os jornalistas deviam negociar com o Governo e depois juntarem-se para formarem um único jornal. A jornalista Clara Gomes não se esqueceu de referi-lo na dissertação que apresentou na Universidade de Leicester. Depois da integração de outro homem que andou por Macau e pelo gabinete de Rocha Vieira (José Carlos Vieira) na Presidência da República, é caso para dizer que há lobbies que não dormem. Ah, também é amigo de José Sócrates? E é de Castelo Branco? É um tipo porreiro? E isso chega? É verdade que não tenho nada contra o Afonso Camões e até posso ter alguma simpatia por ele, mas tenho boa memória e a defesa da minha liberdade tem-me custado muito caro. Além de que, sendo socialista, não faço parte de nenhum grupo e não gosto que façam de mim parvo. Depois não digam que a culpa é do Pacheco Pereira.