sexta-feira, outubro 17, 2008

PARA ONDE CORRE O PSD?

Num dia é Manuela Ferreira Leite a aplaudir as medidas tomadas pelo Governo de José Sócrates para fazer face à crise financeira. No outro são as críticas ao Orçamento de Estado, aparentemente sem sentido ante as declarações dos últimos meses em que sistematicamente se pedia, e com razão, uma maior atenção à classe média e aos mais desfavorecidos, um maior apoio às pequenas e médias empresas e um aliviar da carga fiscal. Se somarmos a isto as mais recentes intervenções de Marques Mendes a propósito do lançamento do seu livro, a forma como Pedro Santana Lopes foi de novo catapultado para a crista da onda, as declarações de Morais Sarmento - que se colocou na linha de partida da corrida à liderança a um ano das eleições - e, ainda ontem, as críticas excessivas, desajustadas e de sobremaneira deselegantes, de Carlos Carreiras a Pacheco Pereira, colocando o debate ao nível de um qualquer carroceiro, no que foi seguido nos Açores por Costa Neves, isto para já não falar dos interesses de deputados como Mendes Bota, que numa altura destas está preocupado com a obtenção do estatuto de utilidade pública para a associação empresarial de Almancil, uma das entidades em que faz assentar o seu poder cacical, fica-nos a sensação de que o PSD está de novo a caminho da estaca zero. A errância dos dirigentes, entrecortada pela vozearia desbragada e por silêncios intermináveis, os protagonismos pessoais, a regionalite aguda e o diletantismo, parecem ter minado de vez o partido. É impressão minha ou alguém falou num novo partido?