quarta-feira, setembro 17, 2008

MAIS CARA QUE O OURO

O preço do petróleo continua a descer. Apesar da subida do dólar em relação ao Euro. A gasolina para o consumidor é que não desce. O ministro Manuel Pinho declarou ontem que gostava de ver descer os combustíveis. O comissário europeu responsável pelos combustíveis veio dizer, por seu turno, que a autoridade reguladora nacional tem de intervir de uma forma mais eficaz, não devendo ficar à espera de eventuais apelos de terceiros ou da formalização de queixas para ir para o terreno. Como se sabe, essa entidade, até agora, tem sido praticamente inexistente. Entretanto, esta tarde, ouvi na TSF um professor do Técnico, creio que Coelho da Silva de seu nome, dizer que nos últimos anos a subida dos combustíveis em Portugal representou cerca do dobro da média que se verificou nos demais países do espaço comunitário. Já depois disso escutei o maioral da APETRO, José Horta, demonstrando toda a altivez e a pesporrência dos impunes, afirmar que a gasolina pode voltar a subir, pese embora as constantes descidas do preço do petróleo. Se quando o petróleo sobe a Galp e as demais petrolíferas correm a ajustar o preço, por que não fazem o mesmo quando ele desce? Há mais de duas semanas que o preço do petróleo está em queda. De valores na casa dos 130 USD/barril passámos para os 95 USD. Em contrapartida, o consumidor continua a pagar praticamente o mesmo preço que pagava há um mês atrás. É tempo do Governo intervir. Se numa economia que se reclama(va) baluarte do capitalismo e da liberdade do mercado, como os EUA, o Estado tem de actuar para salvar bancos e seguradoras da falência, evitando o descalabro do sistema financeiro internacional e para protecção dos seus consumidores, que razões haverá para que o Governo português não actue nesta situação? É ou não é verdade que até andamos a comprar o petróleo com um desconto especial do "amigo" Chávez? Para quando a intervenção que o país exige e os consumidores esperam?

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