Ainda bem que terminou. Nem todos os corações são de ferro. Aconteceu aquilo que já se antevia. Beatice e teimosia nunca deram bom resultado. O descalabro era previsível e apenas a sorte, esse insondável desígnio do destino, foi adiando o epílogo. Ainda bem que terminou. Cinco anos e meio depois verifica-se que Luís Filipe Scolari mostrou não estar à altura da matéria-prima que lhe foi dada. Ofereceram-lhe diamantes para com eles fazer tiaras e gargantilhas e ele, teimoso, deu cabo das pedras no processo de lapidagem, acabando por só conseguir pulseiras pirosas e meia dúzia de anéis. Cometeu o milagre de perder um campeonato da Europa em casa, sem ter de se qualificar, perdendo duas vezes com a Grécia, numa equipa que tinha Figo e Rui Costa. Foi ao Mundial de 2006 para cometer os mesmos erros de sempre. Passou a primeira fase jogando com equipas do 2º e do 3º nível. Enquanto a sorte ajudou por lá andou. Saiu com duas derrotas, a última das quais contra a Alemanha. A mesma que ontem nos derrotou e nos voltou a meter três golos. De novo os mesmos erros, de novo a mesma teimosia, de novo a mesma ilusão. Para que serviu aquela humilhação contra a Suiça? Para quê insistir em Ricardo? Ricardo voltou a mostrar ser um guarda-redes medíocre, mostrou não estar à altura da confiança que nele foi depositada e justificou plenamente a razão de ser suplente no Bétis de Sevilha. Saímos sem honra nem glória, pela porta baixa. O legado de Scolari na federação é uma selecção de marretas, uma equipa que só faz bons resultados contra equipas como o Cazaquistão e a Geórgia e que claudica nos momentos decisivos. Uma equipa que apenas vive do talento e do trabalho de alguns e que repousa toda a sua força numa beatice serôdia. Uma equipa que não consegue ganhar à Polónia, que tem Ricardo como titular e cujo treinador anuncia entre dois jogos de uma fase final de um campeonato da Europa que vai deixar o lugar, numa jogada do mais puro mercenarismo, não merecia ir mais longe. Desde 1996 que não fazíamos tão má figura. Ainda bem que chegou ao fim o pesadelo. Um dia eles iam deixar-nos ficar muito mal. Eles, o Madaíl e toda aquela gente do "clube Portugal".
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