Quando há dois dias atrás ouvi um alter ego do Sr. Pinto da Costa, o Dr. Guilherme Aguiar, vereador na Câmara de Gaia, especialista em assuntos de bola e um dos melhores exemplos da promiscuidade reinante entre a política e o futebol, vir dizer que esperava que o F.C. Porto, a ser punido com a perda de seis pontos, o fosse na presente época, pela primeira vez tive consciência de que desta vez o problema deveria ser grave. É claro que embora ainda não tenha sido tomada uma decisão final sobre essa matéria, Guilherme Aguiar, que não tem ilusões sobre o que está em causa, pretende que a sanção a aplicar não produza quaisquer efeitos, já que se a penalização tivesse efeitos imediatos, numa época em que o F.C. Porto já é virtualmente campeão, ficaria garantido que o crime compensa. A punição seria inócua. Daí o ter-se antecipado a qualquer decisão. Como cidadão e amante do futebol espero que acima de tudo a verdade prevaleça. Mas se houve crime, então é imperioso que as consequências sejam graves e não apenas uma fantochada formal destinada a aliviar as consciências de todos aqueles que durante anos alimentaram a fraude, a corrupção e o clientelismo no futebol, deturpando e sabotando a verdade desportiva.
P.S. Não deixa de ser curiosa a notícia de hoje do jornal Correio da Manhã, segundo a qual o presidente do F.C. Porto, quando questionado em juízo sobre os seus rendimentos, terá afirmado receber cerca de 10 mil euros por mês e nesse mesmo ano tenha apresentado uma declaração de rendimentos de 697 mil euros.
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