Enjoo é o mínimo que se pode dizer para qualificar a cobertura jornalistíca aos acontecimentos da Carolina Michaelis. Já não bastavam as imagens humilhantes - para todos - a passarem durante dias a fio nas televisões e repetidas ad nauseam, para agora virem os debates radiofónicos e televisivos em que se discute a excelência da mediocridade do nosso ensino. Que o sistema está todo gatado há uma data de anos e que a 5 de Outubro está entregue a especialistas em "eduquês" que nem para eles sabem não é novidade para ninguém. Basta tentar perceber qual a razão para termos deixado de ter ciclos preparatórios e liceus para passarmos a ter escolas "EB" e escolas "C+S" e outras coisas do género para avaliar o grau de insânia da "coisa" de há uns anos para cá. Mas verdadeiramente trágico é que tenhamos que continuar a conviver com estas aberrações e, em breve, também com as virtudes do famigerado "acordo ortográfico". Houvesse já uma avaliação de professores decente e provavelmente não haveria "acordo ortográfico", a menina mal-educada não teria feito a triste cena que fez e aquela professora nunca daria aulas. Como não temos nada disso, vamos (eu não!) ser obrigados a escrever como manda o acordo, continuaremos a discutir a avaliação, a ouvir psicólogos e pedopsiquiatras com pinta de "bananas" e voz de falsete a falar dos traumas dos meninos mal-educados, e de todas as outras imbecilidades que algumas luminárias descobrem no meio dos papéis enquanto os telemóveis tocam e uns papás medrosos vão oferecendo aos pimpolhos férias em Lloret. E depois admiram-se disto estar como está.
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