sexta-feira, fevereiro 15, 2008

INSÓLITOS DO FISCO

Depois de aqui há uns anos me terem sido instaurados processos por falta de entrega de declarações do IVA relativas a um período em que não vivi em Portugal, facto que era do conhecimento das entidades tributárias uma vez que tinha a actividade suspensa e pagava impostos noutro lado, de ter sido ameaçado de não receber uma devolução que já me tinha sido processada, e, mais recentemente, dos pedidos de colaboração do Director-Geral das Contribuições e Impostos, de que Pacheco Pereira no seu Abrupto deu oportunamente notícia, fiquei hoje a saber que, na sequência da anulação de uma coima que me havia sido indevidamente aplicada, me foi instaurada uma execução fiscal para cobrança da quantia de € 0,94 (por extenso para que não haja dúvidas: noventa e quatro cêntimos!!!). É para manter uma máquina destas, oferecer imóveis às concessionárias do jogo e sustentar a banca que nós andamos a pagar impostos. O ministro Teixeira dos Santos, um excelente ministro, um homem sério, diga-se de passagem, diz que os contribuintes voltaram a ser uma prioridade (cfr.Público de hoje, caderno de Economia). Eu, palerma, ainda acredito nele. Mas o problema é que devem ser os contribuintes de outro país qualquer, pois que por mais que me esforce não consigo acreditar na máquina fiscal e nalguns amanuenses que detendo um pequeno poder estão sempre ansiosos em mostrar resultados. Só que não olhando a meios ocupam o seu tempo a tentar lixar o contribuinte zeloso, causando-lhe "n" incómodos, enquanto os relapsos se riem.

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