Eu diria que sim. Depois de terminado ciclo da presidência da União Europeia, dos cumprimentos de Ano Novo ao Presidente da República, de rejeitado o referendo ao novo tratado de Lisboa, de anunciada a alternativa Alcohete para a construção do futuro aeroporto de Lisboa, das declarações de Teixeira dos Santos e de inaugurado o novo modelo de debates no parlamento, parece que está no timing certo a entrada da remodelação. Há ministros visivelmente desgastados, há outros que anseiam por desaparecer, ainda há mais alguns sem jeito para a função e outros mais que nunca deveriam ter chegado a tomar posse num governo de maioria absoluta do Partido Socialista. José Sócrates tem agora a oportunidade, depois de algumas declarações e decisões menos felizes, a pior das quais até nem terá sido a relativa ao referendo, em relação ao qual seguiu a marcha, no que denotou alguma falta de virilidade política e acomodação, de proceder a uma remodelação rápida e cirúrgica. Sem ela terá muita dificuldade em fazer esquecer insucessos e contradições recentes e colocar-se-á a jeito para a oposição. Impõe-se por isso a correcção do rumo, um refrescamento das caras e da agenda política e o relançamento de algumas metas e promessas (isto é que é pior!) aparentemente esquecidas. O tempo urge e o país não pode esperar.
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