quarta-feira, dezembro 19, 2007

DE NOVO EM AUTOGESTÃO?


Mais de uma semana depois de ser conhecida a nomeação pelo Procurador-Geral da República da magistrada Helena Fazenda para dirigir as investigações às mortes violentas ocorridas no Porto e em Lisboa, a imprensa continua a dizer, vd. por exemplo o Diário Digital, que os magistrados do Porto recusam integrar voluntariamente a equipa dirigida pela referida magistrada. Quaisquer que sejam as razões que lhes assistam, e eu fui dos primeiros a questionar o sentido da criação de uma equipa especial para tal efeito quando já muita gente trabalhava no terreno, o certo é que a imagem que começa a ser passada para o exterior daquilo que se passa dentro da estrutura do MP não abona em nada a saúde da instituição. Se o MP é uma estrutura rigidamente hierarquizada cujos membros obedecem a ordens e directivas superiores, não se percebe o burburinho que está a ser gerado e a atitude dos senhores magistrados. Menos ainda se compreende a saída destas notícias para o exterior. Se o objectivo é atingir o PGR e tentar descredibilizá-lo quer-me parecer que os tiros estão a sair ao lado. De qualquer modo, convirá atalhar caminho antes que seja tarde, pelo que ao PGR só restará uma de duas alternativas: ou Pinto Monteiro põe rapidamente ordem na sua casa ou novos tempos de autogestão e sindicalismo descontrolado estarão a caminho.

Sem comentários:

Enviar um comentário