Tão derrotado quanto Marques Mendes foi Paulo Portas. Este foi o único líder partidário que não concorreu e que já se sabia que sairia a perder. Portas foi rejeitado vezes demais pelo eleitorado para ainda se atrever a apresentar-se a votos. E fazê-lo por interposta pessoa depois de ter afastado Ribeiro e Castro num golpe palaciano é muito feio. Telmo Correia prestou-se a tal e o resultado está à vista. Nem todos os meios são justificados pelos fins. Ficaram atrás dos trotskistas que é para se deixarem de mandar bocas. Telmo perdeu, mas foi a figura de Paulo Portas que esteve presente. Os tiques autoritários e presunçosos podem dar alento no Largo do Caldas, mas no aconchego do lar nenhum português de bom senso pensará dar o seu voto a um maquiavel instantâneo. Por vezes não basta juntar água e mexer. Por mais que abra os olhos ou coloque a voz, já ninguém tem pachorra para ouvir Paulo Portas. O seu prazo de validade expirou há décadas, mas ele, qual Romário em busca do milésimo golo, não acredita. Diz agora que vai reflectir. Pois bem que reflicta e já agora, que o faça na companhia do Vasco Graça Moura, cuja partidarite aguda o impede de colocar na análise política a mesma lucidez que coloca na sua escrita.
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