segunda-feira, junho 04, 2007

NÃO DEIXAR MORRER A CHAMA





Passa hoje mais um aniversário do massacre de 4 de Junho de 1989. Nesse dia estava eu em Tóquio, onde acabara de assistir a a uma manifestação de antigos veteranos por causa da escalada verbal entre as duas Coreias. Ao chegar ao hotel fui confrontado com as notícias da CNN que davam conta do que estava a acontecer em Tianamen e senti toda a minha impotência ante a barbárie. Alguns anos depois, quando voltei a Pequim, vi que as coisas já estavam a mudar. Mas houve algo que nunca mudou: o retrato de Mao junto à entrada do masoléu, a minha memória do que ali se passou na noite de 3 para 4 de Junho e nos dias que se lhe seguiram e a recordação das manifestações em Hong Kong. Hoje voltei a recordá-lo. E voltarei a fazê-lo sempre, neste dia, para que a memória se não perca e a morte e o exílio de tanta gente não tenham sido coisas vãs.

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