O Público noticiou ontem que, no dia 26 de Abril, vai ter lugar em Coimbra a escritura de constituição de um novo movimento destinado a reeditar o processo de referendo à regionalização.
Tal movimento, que se reclama como sendo "independente e apartidário", o que é uma outra forma de dizer que só a conveniência de um melting pot une os seus promotores, visa a recolha de 75 mil assinaturas.
Naturalmente que o problema não estará na recolha das assinaturas, já que qualquer cacique regional consegue facilmente recolher esse número com meia dúzia de bancas nos locais estratégicos de algumas autarquias. O problema está, uma vez mais, na forma subliminar como estas "coisas" se organizam e no estilo encapotado a que se recorre quando se trata de arregimentar alguns, raros, bem intencionados e os incautos e os tolos para uma causa que, a ser levada avante, se sabe já, os únicos beneficiários serão os futuros membros das oligarquias regionais e os militantes nepotistas da praxe.
Todos sabemos que o fenómeno regionalista tem tido como expoentes máximos políticos profissionais, na maioria dos casos mal preparados, cheios de limitações e sem craveira, que não conseguindo guindar-se aos lugares almejados dentro dos seus próprios partidos e do todo nacional, procuram através da regionalização obter o protagonismo a que se julgam com direito para assim se manterem nos cargos e garantirem a sua parcela de poder ad aeternum. Basta ver a forma como as famílias locais se perpetuam nos partidos e nas câmaras e se vão promovendo e assegurando cargos e negócios entre os membros mais afoitos das cliques, para se perceber que por detrás de muitos dos candidatos aos futuros cargos regionais está um fortíssimo complexo de inferioridade e de animosidade contra Lisboa e o poder central, aliás a única desculpa que sempre encontram para justificarem as suas crónicas incapacidades e insuficiências. A tentação centralista sempre foi muito forte em Portugal, é certo, mas essa não é razão para se apanhar boleia do primeiro artista que aparece a propor-nos o paraíso. O PREC regionalista que alguns querem ver terá de ser combatido com bom senso e argumentos sólidos.
Por isso mesmo, reproduzo neste post um antigo cartaz do PSD e, com a devida vénia, faço minhas as palavras de João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos:
Tal movimento, que se reclama como sendo "independente e apartidário", o que é uma outra forma de dizer que só a conveniência de um melting pot une os seus promotores, visa a recolha de 75 mil assinaturas.
Naturalmente que o problema não estará na recolha das assinaturas, já que qualquer cacique regional consegue facilmente recolher esse número com meia dúzia de bancas nos locais estratégicos de algumas autarquias. O problema está, uma vez mais, na forma subliminar como estas "coisas" se organizam e no estilo encapotado a que se recorre quando se trata de arregimentar alguns, raros, bem intencionados e os incautos e os tolos para uma causa que, a ser levada avante, se sabe já, os únicos beneficiários serão os futuros membros das oligarquias regionais e os militantes nepotistas da praxe.
Todos sabemos que o fenómeno regionalista tem tido como expoentes máximos políticos profissionais, na maioria dos casos mal preparados, cheios de limitações e sem craveira, que não conseguindo guindar-se aos lugares almejados dentro dos seus próprios partidos e do todo nacional, procuram através da regionalização obter o protagonismo a que se julgam com direito para assim se manterem nos cargos e garantirem a sua parcela de poder ad aeternum. Basta ver a forma como as famílias locais se perpetuam nos partidos e nas câmaras e se vão promovendo e assegurando cargos e negócios entre os membros mais afoitos das cliques, para se perceber que por detrás de muitos dos candidatos aos futuros cargos regionais está um fortíssimo complexo de inferioridade e de animosidade contra Lisboa e o poder central, aliás a única desculpa que sempre encontram para justificarem as suas crónicas incapacidades e insuficiências. A tentação centralista sempre foi muito forte em Portugal, é certo, mas essa não é razão para se apanhar boleia do primeiro artista que aparece a propor-nos o paraíso. O PREC regionalista que alguns querem ver terá de ser combatido com bom senso e argumentos sólidos.
Por isso mesmo, reproduzo neste post um antigo cartaz do PSD e, com a devida vénia, faço minhas as palavras de João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos:
"De vez em quando aparecem uns "cromos" a querer brincar com a "caixinha de fósforos" chamada Portugal. São os "regionalistas" que têm tido, ao longo dos anos, diversos adeptos. O primeiro governo do eng. Guterres foi um deles e, suspeito, o actual também, mas ainda em surdina não vá o "chefe" maçar-se. Não faltam "regionalistas" entre os autarcas de todos os partidos. Por exemplo, pessoas recomendáveis como Mendes Bota, um poeta algarvio que usa capachinho, está sempre na linha da frente destes "movimentos". Desta vez, parece que a coisa começa para as bandas de algum PSD. Dr. Marques Mendes, apenas um conselho. Nem sequer lhes atenda o telefone."
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