A IDEIA
(…)
VIII
Lá! Mas onde é lá? Aonde? – Espera,
Coração indomado! o Céu, que anseia
A alma fiel, o Céu, o céu da Ideia,
Em vão o buscar nessa imensa esfera!
O espaço é mudo: a imensidade austera
Debalde noite e dia se incendeia…
Em nenhum astro, em nenhum sol se alteia
A rosa ideal da eterna Primavera!
O Paraíso e o tempo da Verdade,
Ó mundos, astros, sóis, constelações!
Nenhum de vós o tem na imensidade…
A Ideia, o sumo Bem, o Verbo, a Essência,
Só se revela aos homens e às nações,
No Céu incorruptível da Consciência!
(Antero de Quental)
Que o Cesariny descanse em paz, alegre, no meio da liberdade, do amor e da poesia. Livre de notários e de advogados!
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