Pacheco Pereira no seu Abrupto, e mais alguns comentadores e leitores, têm chamado a atenção para a forma como são escolhidos os alinhamentos dos telejornais e o conteúdo de algumas reportagens.
Sobre isso e os graves erros que são cometidos - ainda ontem à noite ouvi dizer na TVI, por uma jornalista da área económica, "Algéria" em vez de "Argélia" - já se tem dito muito.
Curiosamente, ninguém tem dito nada sobre a forma como as notícias são dadas, que é como quem diz, sobre o modo como se apresentam os serviços noticiosos.
Depois de passada a fase opinativa do tipo Manuela Moura Guedes, temos agora a fase soluçante da Alberta Marques Fernandes.
A senhora até poderá ser uma grande vedeta da televisão portuguesa - o que eu tenho dúvidas -, mas alguém deveria dizer-lhe que a pose seráfica e afectada não é compatível com o modelo soluçante e trapalhão como dá as notícias. Chega a ser entediante ouvir o Jornal da Noite da RTP 2, outrora um poço de excelência, já que a apresentadora, para além de muito gesticular e de exibir as mãos e os dedos diante das câmaras, como se isso fosse importante para a compreensão do discurso, ainda por cima parece que não quer ler os papéis ou o que quer que seja que tem à frente. O resultado tem sido lastimável. Atrapalha-se nas notícias, demora uma eternidade a dizer qualquer coisa e pontua cada palavra com expressões do tipo "aaaaaa..".
Com tantas e tão boas locutoras que a RTP tem, por que raio temos de gramar com a Alberta todas as noites?
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