No dia 2 de Setembro, em declarações ao Jornal de Negócios, o ministro Miguel Relvas dizia que o futuro da RTP continuava por decidir e que nada estava decidido quanto ao futuro das licenças públicas de televisão.
Hoje, pouco mais de uma semana depois, sem que ninguém saiba se afinal vai haver concessão do serviço público de televisão ou não, ou se a opção é pela venda de um canal e a concessão de outro, o mesmo Miguel Relvas veio dizer, no Brasil, que como se sabe deve ser o local mais apropriado para este tipo de declarações, que "o assunto da RTP está resolvido". Resolvido? Como? Será que ouvi bem? Vai ser Alberto da Ponte a decidir? Não foi Passos Coelho que esclareceu, quando instado a tal, que nada estava decidido?
Não satisfeito com o que disse, hoje voltei a dar de caras com o ministro Relvas, nos ecrãs televisivos, dizendo que "o primeiro-ministro apresentou medidas que não são medidas novas. São medidas que visam substituir as medidas que o Tribunal Constitucional chumbou, portanto eram medidas que os portugueses já sabiam que eram inevitáveis". Então não são novas mas destinam-se a "substituir"? Bem sei que não disse que eram exactamente as mesmas, mas fiquei a pensar se o homem, quando lhe põem um microfone à frente, pensa que está a falar para bestas.
Por isso mesmo, também desconheço se quando o ministro profere declarações desse calibre e, com o devido respeito, parece ensaiar um ar de "asno tonsurado", como escreveu Julien Green, para convencer os telespectadores, ele vê a figura que faz. Ou se algum dos seus assessores lhe faculta as imagens para que as possa ver. Se tal não acontece deviam fazê-lo, pois poderia ser que no futuro ele se poupasse, e a nós também, a algumas deprimentes figuras.
Em qualquer caso, começa a ser tempo de o Presidente da República, em vez de andar a jogar golfe ou a brincar com os netos, se predispor a dizer duas palavras ao primeiro-ministro sobre as figuras que o seu ministro fez e anda a fazer. Agora até fora de portas, acompanhando o amealhar de ajudas de custo do outro, também Portas. Aliás, seria bom saber quanto estão a custar mensalmente ao erário não só o ministro dos Negócios Estrangeiros mas também todos os outros - agora o ministro da Economia e a secretária de Estado do Turismo também passeiam o seu colesterol pela humidade do Oriente -, para se poder avaliar dos benefícios da acção externa de cada um deles na actual conjuntura, perante o custo suportado por todos.
Não é aceitável que o ministro Miguel Relvas continue a exercer funções de Estado. Um Estado que se queira dar minimamente ao respeito não pode ter um Miguel Relvas como ministro.
Por isso mesmo, também desconheço se quando o ministro profere declarações desse calibre e, com o devido respeito, parece ensaiar um ar de "asno tonsurado", como escreveu Julien Green, para convencer os telespectadores, ele vê a figura que faz. Ou se algum dos seus assessores lhe faculta as imagens para que as possa ver. Se tal não acontece deviam fazê-lo, pois poderia ser que no futuro ele se poupasse, e a nós também, a algumas deprimentes figuras.
Em qualquer caso, começa a ser tempo de o Presidente da República, em vez de andar a jogar golfe ou a brincar com os netos, se predispor a dizer duas palavras ao primeiro-ministro sobre as figuras que o seu ministro fez e anda a fazer. Agora até fora de portas, acompanhando o amealhar de ajudas de custo do outro, também Portas. Aliás, seria bom saber quanto estão a custar mensalmente ao erário não só o ministro dos Negócios Estrangeiros mas também todos os outros - agora o ministro da Economia e a secretária de Estado do Turismo também passeiam o seu colesterol pela humidade do Oriente -, para se poder avaliar dos benefícios da acção externa de cada um deles na actual conjuntura, perante o custo suportado por todos.
Não é aceitável que o ministro Miguel Relvas continue a exercer funções de Estado. Um Estado que se queira dar minimamente ao respeito não pode ter um Miguel Relvas como ministro.
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