A escolha pelo Governo das personalidades que irão integrar o Conselho de Supervisão da EDP é a prova de como ao fim de seis meses Passos Coelho já perdeu todo o controlo do Executivo. Já não bastava o caso das Secretas e das suas inacreditáveis ligações à Ongoing e aos falhados da Loja Mozart49. Faltava a cereja no topo do bolo com a escolha de seis acólitos da sua área política e governativa, alguns dos quais sem quaisquer indicações que aconselhassem a sua nomeação para tão importante órgão numa altura crucial em que era fundamental dar ao País sinais de mudança. Mas chegar ao ponto de escolher Vasco Rocha Vieira, o último governador de Macau, para tal Conselho, é a prova acabada de que Passos Coelho perdeu o norte. E o tino. Um homem que foi desconsiderado, insultado e humilhado pelos chineses em múltiplas ocasiões, e que deixou o seu nome indelevelmente ligado a uma fundação constituída da mais forma mais vergonhosa de que há memória, a Fundação Jorge Álvares, ser nomeado para o Conselho de Supervisão da EDP só demonstra a inexperiência, incompetência e ignorância de quem o nomeou. Há gente no gabinete de Miguel Relvas que deve estar varada com a nomeação. Afinal a evidência de que seis meses bastaram para que Passos Coelho e a sua trupe de videirinhos se rendessem a quem fez do nepotismo e da distribuição de benesses com o dinheiro dos contribuintes a sua imagem de marca. Uma nomeação que define quem o nomeou. Os chineses devem estar a rir-se. A coisa começa bem. E promete.
Em tempo: Há para aí uns espertalhões que dizem que as escolhas não são da responsabilidade do Governo ou de Passos Coelho mas sim dos accionistas da EDP. Formalmente até têm razão, mas o argumento de tão medíocre nem resposta merece. Com os filmes reais mas de péssima realização que temos andado a ver desde 21 de Junho pp., só um mentecapto poderá estar em condições de acreditar que as propostas desses nomes partiram livremente dos accionistas da empresa e que não foram "sopradas" com toda a força e mais alguma por um dos gangues que agora manda.
Em tempo: Há para aí uns espertalhões que dizem que as escolhas não são da responsabilidade do Governo ou de Passos Coelho mas sim dos accionistas da EDP. Formalmente até têm razão, mas o argumento de tão medíocre nem resposta merece. Com os filmes reais mas de péssima realização que temos andado a ver desde 21 de Junho pp., só um mentecapto poderá estar em condições de acreditar que as propostas desses nomes partiram livremente dos accionistas da empresa e que não foram "sopradas" com toda a força e mais alguma por um dos gangues que agora manda.
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