domingo, novembro 20, 2011

NÃO SE ESQUEÇAM DELE NO DEZ DE JUNHO, NÃO HÁ AVENÇAS QUE PAGUEM OS SEUS PRÉSTIMOS

Miguel Relvas, actual ministro do Governo de Passos Coelho, colaborou com o Banco Efisa do grupo BPN antes de este ter sido nacionalizado. Relvas era então deputado do PSD e apoiou uma operação financeira com o Brasil. O ex-presidente do Efisa diz que Relvas o ajudou a abrir algumas portas”;
Antes da nacionalização, o então deputado Miguel Relvas intermediou para o Banco Efisa, do grupo BPN, um negócio da ordem de 500 milhões de dólares, que envolveu o município do Rio de Janeiro, Abdool Vakil, ex-presidente do Efisa, confirmou ao Público que Relvas, na altura membro da bancada parlamentar do PSD, o ajudou ‘a abrir portas no Brasil’, mas o actual ministro explica que a sua colaboração ocorreu sempre ‘no quadro’ da Kapaconsult, onde era administrador, e que teve um único cliente: o banco de negócios do BPN-Efisa”
“Em declarações ao Público, Abdool Vakil, o ex-presidente do Banco Efisa, começou por dizer que “o dr. Miguel Relvas nunca trabalhou com a Efisa”. Mas inquirido sobre se o então deputado prestou directamente consultoria ao banco, disse: ‘Isso já é verdade’. Vakil acrescentou que ‘o dr. Miguel Relvas prestou serviços muito úteis, pois abriu-nos portas no Brasil, mas nunca foi quadro do grupo’. ‘Ele tinha muitos conhecimentos no Brasil e que eram importantes para quem quer fazer negócio e abriu-nos portas’, especificou. O ex-presidente da Efisa e ex-administrador do BPN lamentou que Relvas, cujas relações com altas esferas da política e dos negócios brasileiros são conhecidas – tendo mesmo contacto directo com o ex-ministro de Lula da Silva José Dirceu – ‘esteja agora muito ocupado e sem tempo para os amigos”’.
“Formado em Relações Internacionais, Miguel Relvas (…) No seu curriculum, apresenta-se como gestor e consultor de empresas. Antes da nomeação para o Governo, o nome do actual ministro surgia já ligado a várias entidades, como seja o Conselho de Curadores da Fundação Luso-Brasileira, criada por João Rendeiro.”
(…)
“Relvas é o responsável pela área da comunicação do Governo que tem em mãos um dossier polémico (BPN) herdado do executivo anterior e que já gerou um prejuízo para o erário público de cinco mil milhões de euros. A venda da área comercial do banco ao BIC continua por resolver, assim como o Banco Efisa.” – Público, 19/11/2011

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