segunda-feira, agosto 30, 2010

O QUE DEVIA SER DITO

É claro que a localização da IKEA em Loulé, no local em que é, não foi fruto de um acaso. Ou será que alguém acredita que o senhor da IKEA se punha a comprar terrenos agrícolas naquela zona, durante largos meses, às escondidas e impondo a confidencialidade aos promitentes-vendedores, como agora se sabe, antes de ter falado com a Câmara Municipal de Loulé e desta lhe ter assegurado e garantido o apoio necessário às alterações que visam a futura desqualificação de zonas urbanizáveis noutros pontos do concelho para compensarem a perda de terrenos agrícolas?
Pode-se, e deve-se, discutir se a localização não deveria ser outra, mas o problema é a maneira como as coisas foram "cozinhadas" entre os interessados, a Câmara de Loulé e o senhor da IKEA representado pela sociedade de José Miguel Júdice. Uns podem tudo, outros nem resposta às cartas e aos faxes que mandam para o Dr. Seruca a pedir uma reunião ou um pedido de desobstrução de uma estrada conseguem. Dois pesos e muitas medidas que continuam a passar despercebidas a quem tinha a obrigação de fiscalizar a actividade dessa autarquia.