sexta-feira, fevereiro 12, 2010

COM QUE ENTÃO O CARÁCTER?

(graças ao Blasfémias)

Para quem tanto criticou o carácter dos outros, o excesso de protagonismo, o populismo, o arraial, não deixa de ser curioso vê-lo agora a apelar à desistência de Aguiar-Branco. Rangel quebrou uma promessa eleitoral três meses depois de ter garantido a Judite de Sousa, peremptoriamente, que não seria candidato e que estava interessado em cumprir o contrato que celebrara com os eleitores por ocasião das eleições europeias. Fê-lo depois de uma espaventosa declaração em Bruxelas, para inglês ver, com a qual não se importou de denegrir, miseravelmente, a imagem internacional de Portugal, colocando-a ao nível do Burundi, para dois dias depois, em plena discussão do Orçamento de Estado na Assembleia da República, vir anunciar a sua candidatura à liderança do PSD, única forma para tentar tirar o tapete a Aguiar-Branco, de quem foi secretário de Estado e que há muito preparava a sua própria candidatura. Se estes são os métodos que JPP aprova, percebe-se hoje melhor a energia com que criticava o carácter dos outros. Mentiroso? Não, apenas mais um chico-esperto.