Depois de ouvirmos os insultos dentro da Assembleia da República, era apenas uma questão de dias para que os ouvíssemos também do lado de fora. Se o deputado José Eduardo Martins pode mandar repetidas vezes um colega "pró c....", se um ministro pode oferecer um par de cornos a um deputado, se os professores insultam o primeiro-ministro, se os polícias fazem o mesmo, certamente que ninguém esperaria que o nível do discurso fosse elevado pelos estivadores. Prevejo agora que o PCP do camarada Jerónimo e a obediente CGTP venham manifestar a sua compreensão pelos insultos e, já agora, divulguem os salários dessa malta, o número de horas de trabalho e os demais elementos que permitirão o país aferir a respectiva produtividade e a razão de ser da sua indignação.