O único problema verdadeiramente grave que esta questão levanta não tem a ver com a redução das coimas sob o pretexto do aumento da sua amplitude, mas o de perceber até que ponto o papel do parlamento em governos de maioria absoluta é ainda útil. A partir do momento em que as maiorias se transformam em chancela do executivo, desvaloriza-se a componente substancial da sua internvenção em prol de formalismos de fachada. Sabe-se hoje que o acefalismo faz escola. É que os mesmos que entenderam há três anos atrás que as soluções consagradas legalmente eram as melhores são exactamente os mesmos que agora a querem mudar, sob os mesmos pretextos - a protecção ambiental - e sem que nada nem ninguém seja responsabilizado. Já chega de experiências e de condescendências em matéria ambiental.