Depois do confrangedor depoimento prestado na Assembleia da República, em que todos os seus lapsos se revelaram inócuos, nas suas próprias palavras, fica para a história a tirada de Dias Loureiro de considerar que o negócio de Porto Rico estava avalizado pelo facto de não ter havido um não peremptório a rejeitá-lo, de ser privado (!) e de nenhuma das partes envolvidas ter promovido a sua anulação. O Dr. Jorge Coelho, como homem prático que é e não sendo jurista até é capaz de perceber a sua teoria. Mas, salvo o devido respeito, a argumentação não parece digna de um jurista que se preze e menos ainda de um conselheiro de Estado. Então, Senhor Conselheiro, se num negócio simulado entre os representantes das partes nele envolvidas nenhuma daquelas promover a sua declaração de nulidade isso retira ao negócio o carácter simulado e passa a conferir-lhe validade? E seriedade? Então e a responsabilidade dos administradores esgota-se na assinatura? Francamente!