Já tinha visto que o modelo não servia quando se realizou o Congresso da Federação do Algarve. Hoje, ao acompanhar o desfilar de vacuidades em que se tornaram as intervenções, onde se fala de tudo e de coisa nenhuma ao mesmo tempo que o presidente leva a tarde a avisar que vai cortar o pio, muitas vezes sem ter antes, sequer, conseguido perceber o nome do discursante, não estimula nada nem ninguém. Ouvir a lengalenga de alguns dos meus camaradas que nada têm para dizer, só porque este é um partido democrático e pluralista e é preciso subir ao palanque para marcar presença e dizer que se está ao lado do secretário-geral, é deprimente. As intervenções de Alberto Martins ou José Lello foram nesse ponto exemplares. Um dirigente nacional não devia prestar-se a esse espectáculo e José Sócrates devia ser o primeiro a querer reformar este modelo de congresso. Um verdadeiro horror.