sexta-feira, dezembro 05, 2008

PORTO RICO, PORTO ESCURO

À medida que se vão conhecendo os rocambolescos contornos das aquisições do BPN em Porto Rico, fica-se com uma ideia clara do papel e da intervenção de Dias Loureiro - o senhor administrador executivo que assinava as contas de cruz -, nos esquemas de Oliveira e Costa e nas negociatas em que ambos, enquanto dirigentes do grupo, estiveram metidos. O excelente trabalho de investigação que o Público tem vindo a conduzir deverá ao menos servir para o Presidente da República reflectir. Cavaco Silva não merecia o que lhe está a acontecer, mas se tivesse sido um pouco mais atento, talvez não estivesse na actual situação. Cada dia que passe sem que Dias Loureiro se demita do Conselho de Estado será mais uma farpa no Presidente da República, mais uma ajuda para a desqualificação do Conselho de Estado, de que o presidente do Governo Regional da Madeira foi o primeiro subscritor, e um novo alento para José Sócrates.