sexta-feira, julho 04, 2008

INGRID BETANCOURT, AS FARC E VÍTOR DIAS

A propósito de um post anterior sobre a libertação de Ingrid Betancourt, Vítor Dias escreveu-me dizendo, basicamente, que "sem mudar um milimetro à minha devastadora opinião sobre o regime de Álvaro Uribe, que documentação norte-americana comprova as suas ligações ao narcotráfico e à cruel acção dos paramilitares de extrema-direita (...), saúdo e registo como positiva a libertação de Ingrid Bettancourt que, salvo melhor opinião, há muito devia ter sido uma inteligente decisão das FARC". Vítor Dias acrescentou, ainda, de relevante, que ao longo de 30 anos nunca escreveu nada que o pudesse apresentar como "defensor ou apoiante das FARC".

O registo aqui fica, pois que, embora este blogue "muito democraticamente não tenha caixa de comentários", aqui nada se silencia ou branqueia. E se há alguma coisa a emendar, não se foge nem se enterra a cabeça na areia.

Porém, se bem me recordo, as FARC até tiveram direito a pavilhão em sucessivas edições da Festa do Avante, e, se a memória não me atraiçoa, nunca li ou ouvi nada da parte de Vítor Dias ou dos seus camaradas do partido a condenar essa presença e o apoio implícito, senão mesmo explícito, do PCP às FARC.

Por último, quero dizer a Vítor Dias que por estes lados, sem prejuízo do reconhecimento do êxito político e militar, não se apoia Uribe, nem nenhum ditador, putativo, em potência ou real, e que o que estava em causa era, e é, a condenação inequívoca do terrorismo, seja ele das FARC ou de qualquer outra organização, de extrema-esquerda, de extrema-direita ou pura e simplesmente de mafiosos.

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