Cinco anos volvidos sobre o início da jornada iraquiana que conduziu ao derrube de Saddam Hussein, George W. Bush veio reafirmar a necessidade da guerra e manifestar a sua certeza na vitória final. Falar de vitória numa altura destas, depois de uma campanha que não encontrou as armas de que se falava, depois de Blair, Aznar e Barroso já terem confessado que foram enganados, por terem acéfala e acriticamente embarcado em relatórios inconsistentes, elaborados para justificarem uma política e uma guerra, com um país em cacos, torna-se num chiste, no witz de que falou Freud. Mais de cem mil mortos depois e de milhões de dólares gastos, com milhões de doentes, de órfãos, de viúvas, de estropiados e sem um fim que permita devolver a paz à região e a um povo martirizado, importa questionarmo-nos se esses números valeram a guerra. Não tenho dúvidas de que a queda de Saddam foi um bem para a humanidade, mas quando se trata de pesar vidas humanas e de contar mortos não há contabilidade que resista. Uma coisa, porém, estou certo: qualquer que seja o próximo presidente dos Estados Unidos da América, e eu espero que seja Obama, ele estará melhor preparado do que Bush para lidar com o problema e para encontrar uma saída que não pondo em causa os interesses do povo iraquiano e da comunidade internacional, seja capaz de abreviar a barbárie. Não há guerras justas.
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