Pela terceira vez consecutiva, Luís Filipe Scolari pôs Portugal a perder frente à Grécia. Desta vez foi em Dusseldorf, para tristeza dos emigrantes portugueses. O homem é teimoso e incapaz de pôr a selecção nacional a jogar decentemente. E a culpa nunca é dele. Desta vez a culpa foi do bom do Karagounis. Livre directo, livre indirecto, tanto faz. Ricardo já se habituou a vê-las passar. É o tradicional golpe de vista cultivado na frangaria de Alvalade. O que se viu foi um jogo afunilado, uma tremenda incapacidade das alas para desenvolverem jogadas consequentes, uns mergulhos arrojados dos meninos assim que sentem um mosquito a zumbir-lhes ao ouvido, jogadores na habitual má forma física e as faltas da praxe pelo inteligente do Pepe. Vício antigo adquirido pelos jogadores que passaram pelo Porto e que Scolari também não conseguiu mudar ao longo de anos. Temo é que não tendo sido o resultado suficientemente volumoso para os gregos, Scolari continue a arrebitar o pouco cabelo que tem e a esticar o dedo irado. Quem não sabe sair pelo seu próprio pé na altura própria arrisca-se, depois, a ser expulso pela turba inflamada. Ainda assim admito que no Euro 2008 as coisas se passem em termos idênticos ao Euro 2004 e ao Mundial da Alemanha e que Cristiano Ronaldo e Nani safem a imagem de Scolari. Mas eu não me fiava. Nem neles nem na Virgem. O seleccionador nacional tem sido um homem de sorte, apesar das péssimas exibições e dos maus resultados de Portugal com equipas da sua igualha. Recorde-se é que a sorte não dura sempre. E a incompetência não pode ser eternamente premiada. A renovação não consegue disfarçar a teimosia nem os erros de palmatória. E como as orações também se esgotam, não auguro um futuro brilhante à equipa das quinas.
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