O fortalecimento dos centros de decisão nacionais passa pelo fortalecimento da banca nacional. O BPI tem sido um exemplo de boa gestão e de crescimento sustentado, longe de algumas das guerras do alecrim e manjerona que têm dominado os negócios da banca nos últimos anos. Depois da opa inconsequente do BCP sobre o BPI, que agora se vê ter sido precipitada e com poucas ou nenhumas hipóteses de sucesso, a que se seguiram os tristes episódios da passagem de Paulo Teixeira Pinto pela presidência do BCP e, mais recentemente, os escândalos dos empréstimos e perdões de dívidas a familiares e accionistas amigos de Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, eis que o BPI toma a dianteira. Fernando Ulrich tem sido um banqueiro discreto e eficiente. Se associarmos a isto a imagem de seriedade e competência da instituição que dirige, embora a necessitar de alguns aperfeiçoamentos desburocratizadores, e a proposta agora feita, estão reunidos os ingredientes para que mais um banco genuinamente português ganhe dimensão interna e externamente. O país só teria a ganhar. Espera-se que Jardim Gonçalves, os seus homens de mão e os accionistas do BCP tenham o bom senso e a humildade cristã necessária para analisarem a proposta do BPI. E que não seja a Autoridade da Concorrência a inventar entraves e a colocar dilações onde não é suposto existirem. Por uma vez ficava-lhes bem.
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