"As vitórias internas baseiam-se em poder, ou pelo menos numa promessa deste. E a vitória de Menezes é claramente uma vitória da soma dos micro-poderes locais, dos poderes autárquicos que vão desde as juntas de freguesia até às grandes autarquias. O problema é que uma coisa é federar micro-poderes descontentes, outra, bem mais improvável, é fazê-los convergir para uma afirmação estratégica comum. Não é, por exemplo, a mesma coisa mobilizar os autarcas do partido para derrubar a liderança interna e uni-los em torno de objectivos partilhados. Até porque o partido autárquico obedece a uma racionalidade nas escolhas que não é compaginável com o interesse de um partido nacional – a prioridade do partido autárquico é garantir o poder local e não assegurar vitórias nacionais. É por isso que a discussão do próximo Orçamento de Estado vai ser o primeiro grande teste a Menezes. A equação é simples: enquanto o “partido de baixo” fará as suas reivindicações parcelares, Menezes tem de revelar capacidade para as contrariar, mantendo o PSD dentro da razoabilidade orçamental e na fidelidade à consolidação das contas públicas." - Pedro Adão e Silva, no Diário Económico.
quarta-feira, outubro 03, 2007
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