quinta-feira, agosto 23, 2007

MÁS ESPIGAS


À medida que os meses passam e se vão conhecendo os ministros do Governo de José Sócrates, cada vez mais se tornam previsíveis os campos onde a colheita vai ser medíocre. O ministro Jaime Silva, para além de ser um reconhecido burocrata de Bruxelas armado ao pingarelho, tem vindo a dar mostras de altivez e falta de senso. Bem sei que lidar com agricultores não é fácil e que com alguns dos agricultores portugueses ainda menos, em especial se forem daqueles que andam de Range Rover, têm uma mulher loura, coçam as virilhas e ao fim-de-semana vão à caça de charuto na boca. Mas os agricultores e o calor do Verão não explicam tudo. A forma como o ministro se comportou no assunto de Silves e as inacreditáveis declarações que prestou, vindo depois dar o dito por não dito, colocam-no ao nível de um dos badalhocos (tem razão, desta vez, o João Gonçalves quando diz que aquilo é uma cambada de badalhocos) do "verde eufémia". Ou do próprio Marques Mendes. Feio, muito feio, mas ainda mais feio foi vir dizer que o apoio jurídico se traduzia em apoio administrativo (o Paulo Gorjão está equivocado, não era apoio técnico). Para isso qualquer amanuense serve, não são precisos técnicos e muito menos os assessores e adjuntos do ministro.

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