Normalmente ninguém oferece nada à borla, a não ser que tenha algo mais em mira. A FNAC, como empresa comercial que é, não foge à regra. Só que ao contrário de outras empresas, e pese embora alguns excessos como essa história do "preço mínimo garantido" que nem sempre é mesmo assim, tem prestado bons serviços aos portugueses, pelo menos aos portugueses com acesso a ela. Em Faro não há FNAC porque em tempos um senhor presidente de Câmara pensou que a FNAC era uma grande superfície do tipo "Continente" ou "Jumbo" e vai daí não autorizou a sua instalação no único sítio decente que havia e que agora está fechado a apodrecer, ali, à entrada de Faro. Felizmente que a FNAC não se deu por vencida e foi até à generosa terra de Albufeira, onde pôde finalmente abrir um espaço que servisse as populações do sul.
Foi lá que encontrei este pequeno catálogo, que tem na capa a reprodução de um quadro célebre de Amadeu de Souza Cardoso, quadro esse que ainda há bem pouco tempo foi possível admirar na Fundação Gulbenkian. Para além de ter explicações simples sobre a composição de uma orquestra, de apresentar uma visão cronológica da música, de abordar de uma forma simples os registos vocais e as escalas, o catálogo apresenta mini-biografias de alguns compositores e duas listas de obras destinadas aos neófitos da música clássica ou simplesmente dirigidas a quem nada saiba e queira começar por aprender alguma coisa. As duas listas, uma com 50 obras e a outra com 258, reúnem o básico para quem se queira iniciar e tenha dificuldade em saber por onde começar. A isto também se chama serviço público. E não custa muito.
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