Continuou esta semana o julgamento de Fátima Felgueiras. Depois do ar divertido da senhora nos primeiros dias, aos poucos vamos ficando a conhecer a forma displicente como se organizavam – organizam? – as finanças dos partidos políticos. Naquele caso em concreto estavam em causa as finanças do PS, em Felgueiras. Sim, porque Felgueiras não é o Largo do Rato. O que vai valendo ainda vão sendo as vestimentas da autarca: dos decotes ousados e do ar bronzeado aos corsários – dizem-me que é assim que se chamam aquela espécie de bermudas pelo meio da pernas - com salto alto, é todo um festival de gaiteirice.
A democracia portuguesa e os seus partidos construíram um país de Fátimas decotadas e de Valentins de roupão, uma democracia de construtores civis, de especuladores e de trolhas, de finanças paralelas, de sacos azuis e de tesoureiros medíocres. Não há nada como estar à porta de um tribunal ou ter a televisão ligada para ir vendo a evolução da democracia portuguesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário